2024 é oficialmente o ano mais quente da história, afirma relatório europeu

O ano de 2024 já é considerado o mais quente desde o início dos registros, de acordo com dados divulgados pelo Copernicus, o observatório europeu de monitoramento do clima
2024 já é considerado o ano mais quente desde o início dos registros
2024 já é considerado o ano mais quente desde o início dos registros. Reprodução/Pinterest/freepik

O planeta está vivendo um marco alarmante em sua trajetória climática: 2024 já é considerado o ano mais quente desde o início dos registros, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (9) pelo Copernicus, o observatório europeu de monitoramento do clima.

Temperatura global em alta histórica

Conforme o Boletim do Clima, que analisa as principais tendências meteorológicas globais, entre janeiro e novembro de 2024, a temperatura média global ficou 0,72 °C acima da média registrada entre 1991 e 2020. Trata-se do maior desvio já observado para esse período.

O relatório também destacou que novembro de 2024 foi o segundo mais quente da história, perdendo apenas para novembro de 2023. Esses números consolidam uma tendência preocupante de aquecimento global acelerado, refletindo os impactos crescentes das atividades humanas no sistema climático da Terra.

Excedendo a marca de 1,5 °C

Pela primeira vez, a temperatura média global ultrapassou 1,5 °C acima dos níveis pré-industriais — um dos limites definidos pelo Acordo de Paris para evitar impactos catastróficos. O Copernicus declara que é “virtualmente certo” que 2024 será encerrado como o ano mais quente já registrado.

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A marca de 1,5 °C era considerada um limite de alerta para cientistas e líderes globais. Entretanto, os dados indicam que isso já deixou de ser uma previsão distante e se tornou uma realidade em andamento.

O impacto do El Niño

O fenômeno climático El Niño também desempenhou um papel significativo nos números de 2024, potencializando o aumento das temperaturas globais. Com o fenômeno em vigor, as temperaturas dos oceanos atingiram novos recordes, amplificando os efeitos do aquecimento global.

Os cientistas alertam, no entanto, que o El Niño não é o único responsável. “Estamos vendo os efeitos cumulativos do uso de combustíveis fósseis, desmatamento e outros fatores humanos combinados com um evento climático natural”, explica Samantha Burgess, vice-diretora do Copernicus.

Consequências preocupantes

O impacto das temperaturas recordes de 2024 está sendo sentido em diversas partes do mundo. Fenômenos extremos, como ondas de calor, incêndios florestais e enchentes, tornaram-se mais frequentes e intensos. Além disso, o aquecimento global acelera o degelo polar, aumenta o nível do mar e ameaça a biodiversidade global.

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O Copernicus alerta que, sem uma redução significativa nas emissões de gases de efeito estufa, o mundo pode enfrentar um futuro onde os recordes de temperatura de hoje se tornem o “novo normal“.

2024 é oficialmente o ano mais quente da história, afirma relatório europeu
As revelações do relatório reforçam a urgência de ações coordenadas para conter o aquecimento global. (Foto: reprodução/Pinterest/elblogdetubebe)

Um chamado à ação

As revelações do relatório reforçam a urgência de ações coordenadas para conter o aquecimento global. Com a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29) em andamento, líderes globais enfrentam pressão crescente para implementar políticas climáticas mais ambiciosas.

2024 ficará marcado na história não apenas pelo recorde de calor, mas também como um sinal de alerta para a humanidade: o tempo para agir está se esgotando.

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