O ex piloto e empresário Bernie Ecclestone deu uma entrevista onde comentou sobre Oscar: ”Acho que o australiano é realmente um menino que tem algo mágico. Ele será campeão mundial nos próximos dois anos se o carro continuar a andar tão rápido como agora. Tenho certeza de que isso vai acontecer”
Das últimas 18 corridas, Oscar foi o maior pontuador das últimas 11. Apenas em seu segundo ano na fórmula 1. Apesar disso, o piloto fez autocríticas a si mesmo e falou sobre a dinâmica com a McLaren e seu parceiro, Lando Norris que, recentemente após muita enrolação de Andrea Stella, foi “escolhido” como principal, porém, ambos dizem não ser algo tão simples assim.
McLaren se encontra em um bom momento nessa temporada
A McLaren está em um bom momento para conquistar seu primeiro título de construtores na Fórmula 1 desde 1998, com a equipe atualmente 41 pontos à frente da Red Bull. Além disso, Lando Norris tem mostrado desempenho sólido na classificação individual, e a equipe tomou a decisão de priorizar o piloto britânico antes do GP de Baku.
Entretanto, a política interna da equipe ainda não está completamente clara, já que o chefe da equipe, Andrea Stella, pretende manter a equidade entre os pilotos. Assim, Oscar Piastri não foi formalmente colocado como segundo piloto em relação a Norris. Cada situação será analisada individualmente.
Um exemplo dessa abordagem ocorreu no Azerbaijão, onde a estratégia se inverteu e Norris precisou ajudar Piastri, permitindo ao australiano conquistar sua primeira vitória.
“A equipe quer vencer os dois campeonatos. Se tens a oportunidade de fazer isso, não pode deixá-la passar. Se eu estiver pensando apenas em mim, não gosto das ordens da equipe contra mim. Ninguém gosta disso. Para seu orgulho, você quer mostrar que é o piloto mais rápido na pista”, declarou Piastri à revista Auto Motor und Sport, da Alemanha.
“Mas, independentemente disso, ajudarei Lando nas últimas corridas se eles me pedirem. Ele tem uma chance mais realista de vencer o campeonato. Mas isso não é garantido.”
Piastri destacou ainda que a ajuda só será oferecida se for estratégica: “Só o ajudarei se isso fizer sentido. Também queremos vencer o Campeonato de Construtores, e sacrificar minha corrida para ajudar Lando não nos deixará mais perto desse objetivo. Portanto, vamos fazer isso caso a caso.”
Andrea Stella reforçou a ideia de que cada fim de semana será avaliado individualmente, com o compromisso de manter a justiça entre os dois pilotos, mesmo que isso signifique perder o título para Norris.
“Baku mostrou como fazemos isso na McLaren. Se Lando não tivesse parado Pérez após a primeira troca de roda, eu poderia não ter vencido. Portanto, ele tem um papel a desempenhar na minha vitória”, reconheceu Piastri, ressaltando que, embora esteja disposto a seguir as ordens da equipe, o fará com certa resistência.
Atualmente, Norris está 52 pontos atrás de Max Verstappen e terá que ter um desempenho impecável se quiser assumir a liderança. Para isso, precisará vencer todas as corridas restantes, inclusive as corridas rápidas, além de garantir o ponto extra da volta mais rápida.
A colaboração de Piastri pode ser crucial, especialmente se o australiano conseguir dificultar a vida de Verstappen, mantendo o tricampeão mundial em posições mais baixas e, assim, limitando sua pontuação.
Oscar faz autocrítica e diz precisar de “maior consistência”
Piastri diz que ainda precisa melhorar seu desempenho nas classificações para se tornar um competidor mais forte na disputa pelo título da Fórmula 1. No entanto, o australiano destacou seu bom desempenho durante a definição da grade no GP do Azerbaijão, quando conquistou o segundo lugar e venceu a corrida no dia seguinte.
“Acho que ainda há um pouco [a melhorar] em todos os quesitos. Diria que não tenho facilitado minha vida nas classificações neste ano. Então ir melhor nas classificações e de forma mais consistente ajudaria. Acho que fiquei muito feliz com o que mostrei em Baku em termos de ultrapassagens estando sob pressão e coisas assim, que me deixaram feliz”, comentou ele.
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“Eu não tive muitas sessões além de Baku onde estive satisfeito com meu desempenho desde o Q1 até o final do Q3. A diferença sempre foi muito pequena em praticamente todas essas corridas, mas sempre estive do lado errado disso. Então, acho que é apenas uma questão de consistência,” continuou.
No entanto, Piastri não sente que está faltando em termos de velocidade e ritmo nas classificações, mas admite que precisa apresentar bons desempenhos de maneira mais constante. Assim, o piloto do #81 afirma que ainda não é o “produto final”.
“Não sinto que preciso encontrar tempo extra ou algo assim. Acredito que meus melhores desempenhos são suficientemente boas para me garantir a posição de honra nas circunstâncias certas, mas preciso alcançar esse nível de forma mais consistente,” enfatizou.
“Haverá algumas corridas desafiadoras no final do ano em pistas onde só pilotei uma vez. Então, a chave para o final da temporada será trabalhar em algumas das fraquezas que encontrei nessas pistas no ano passado. É um pouco de tudo, porque sinto que estou melhorando muito ao longo da minha carreira, mas certamente ainda não sou o produto final,” concluiu.