Nesta segunda-feira (7), o Exército de Israel anunciou uma operação militar na costa sul do Líbano, ampliando sua incursão terrestre contra alvos do Hezbollah. A ação faz parte da estratégia israelense de aumentar sua ofensiva nas regiões fronteiriças, e os moradores foram alertados a evitar as praias e o uso de barcos até novo aviso.
Fechamento de áreas na fronteira
Além da operação na costa, Israel isolou novas áreas ao norte do país, incluindo as cidades de Rosh HaNikra, Shlomi, Hanita e Arab al-Aramshe, transformadas em “zonas militares fechadas”. A faixa da fronteira afetada pelo bloqueio tem aproximadamente 14 quilômetros de extensão. O alerta israelense vem em meio a uma semana de intensas operações militares contra o Hezbollah no sul do Líbano, enquanto bombardeios diários atingem alvos do grupo extremista, inclusive na capital, Beirute.
Expansão dos ataques e reação internacional
Enquanto Israel expande suas operações, os Estados Unidos afirmaram que acreditam que as ações militares israelenses no Líbano permanecem “limitadas”. O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Matthew Miller, reiterou que os ataques devem seguir as normas do direito humanitário internacional e minimizar as baixas civis.
Contexto do conflito
A escalada das operações israelenses também ocorre em meio a um aniversário sombrio: a data marca um ano do ataque terrorista do grupo Hamas, que resultou na morte de 1.200 israelenses e mais de 250 sequestros. Desde então, Israel tem intensificado suas ofensivas contra o Hamas em Gaza e contra o Hezbollah no Líbano.
Nesta segunda-feira, novos bombardeios foram registrados tanto em Gaza quanto no sul do Líbano, resultando em dezenas de mortes. Os ataques aéreos e terrestres de Israel também atingiram campos de refugiados em Gaza, enquanto Tel Aviv e Haifa foram alvos de mísseis disparados pelo Hamas e Hezbollah.
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Consequências humanitárias
Os bombardeios israelenses têm gerado grandes deslocamentos populacionais. No Líbano, 1,2 milhão de pessoas já foram forçadas a deixar suas casas, enquanto mais de 400 mil cruzaram a fronteira para a Síria desde setembro. Além disso, o conflito tem causado destruição em várias cidades libanesas, como Bint Jbeil, onde 22 pessoas foram mortas, incluindo 10 bombeiros, em um ataque israelense.
Com a escalada das hostilidades, a preocupação com a intensificação da destruição no Líbano cresce, à medida que os ataques aéreos e terrestres continuam.
