Tyla brilha como uma das “Angels” Victoria’s Secret Fashion Show

Estrela sul-africana eleva o desfile do Victoria’s Secret Fashion Show com sua atuação musical em Nova Iorque, marcando uma nova era de inclusão e diversidade no mundo da moda
Victoria's Secret Angels
Victoria's Secret Angels Reprodução/Pinterest/@maraeofc

Na noite de terça-feira, 15 de outubro, em Nova Iorque, a renomada marca de luxo Victoria’s Secret realizou o tão esperado retorno de seu tradicional desfile, o Victoria’s Secret Fashion Show, após um hiato de seis anos. Entre os destaques da noite, a sul-africana Tyla brilhou intensamente ao integrar o grupo seleto das atrações musicais que embalaram o evento, ao lado de lendas como Cher e Lisa. Tyla, além de sua apresentação, chamou a atenção por seu visual impactante, adornada com as icônicas asas de anjo, consagrando-se como uma das “Angels” do desfile, um símbolo que historicamente sempre representou as modelos mais renomadas do evento.

A artista sul-africana elevou a graça da noite ao apresentar seu mais recente lançamento, “PUSH 2 START“, e seu sucesso já consagrado, Water, oferecendo à plateia uma apresentação envolvente e cativante.

Inclusão e diversidade marcam o retorno dos icônicos Anjos

Após anos de críticas e controvérsias, o retorno do Victoria’s Secret Fashion Show representou uma transformação significativa no conceito de beleza promovido pela marca. Conhecida por sua associação a corpos esbeltos e padrões idealizados, a grife norte-americana adaptou-se aos novos tempos, abrindo espaço para um desfile marcado pela inclusão e pela diversidade em suas mais variadas formas.

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A edição de 2024 foi amplamente considerada a mais inclusiva de todas, celebrando a pluralidade dos corpos, idades e gêneros. Nomes como Valentina Sampaio e Alex Consani, modelos transgênero, desfilaram ao lado de mulheres mais maduras, como Kate Moss, Carla Bruni e Tyra Banks, comprovando que a sensualidade transcende padrões tradicionais e é acessível a todas as mulheres. O desfile também contou com a presença de modelos “supersized”, como a icônica Ashley Graham, consolidando a mensagem de que a beleza e o empoderamento feminino existem em todas as formas e tamanhos.

Um desfile envolto em expectativas e controvérsias passadas

O retorno do desfile, interrompido em 2018, era aguardado com grande expectativa tanto por sua ausência quanto pelas polêmicas que envolveram a marca nos últimos anos. A queda abrupta nas audiências e a crítica severa ao seu enfoque em um ideal de magreza excessiva foram algumas das razões que levaram ao fim do evento. Em 2018, a audiência do desfile caiu drasticamente, alcançando menos de um terço do público que havia sintonizado quatro anos antes, em 2014, somando cerca de três milhões de espectadores.

Além disso, a marca enfrentou duras críticas por sua falta de representatividade, especialmente em relação a corpos mais inclusivos e à ausência de modelos transgênero. Em 2019, a empresa anunciou o fim do desfile por meio de um e-mail aos funcionários, alegando que o formato televisivo já não era adequado para os tempos modernos e que a marca estaria se concentrando em criar conteúdo dinâmico e envolvente através de plataformas digitais.

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Renovação e desafios: a nova fase da Victoria’s Secret

A história dos desfiles da Victoria’s Secret, que remonta a 1995, sempre foi marcada pela graça e pela presença de algumas das maiores supermodelos do mundo, como Gisele Bündchen, Heidi Klum e Adriana Lima. Artistas como Taylor Swift e Rihanna também deixaram sua marca no evento, consolidando-o como um dos maiores espetáculos da moda global.

No entanto, as transformações recentes da marca também foram impulsionadas por questões mais profundas. A empresa enfrentou uma intensa pressão pública após a revelação de seus laços com Jeffrey Epstein, ex-diretor de mercadologia da marca, que foi acusado de tráfico sexual de menores em 2019. Esse episódio levou a uma mobilização de mais de 100 modelos, que assinaram uma petição exigindo que a marca aderisse a programas de combate ao assédio e abuso sexual na indústria da moda.

Agora, com seu retorno triunfal e uma nova postura inclusiva, a Victoria’s Secret tenta resgatar sua relevância no competitivo cenário da moda global, adaptando-se aos novos valores de representatividade e autenticidade exigidos pelo público moderno. O desfile de 2024, transmitido em 185 territórios, reafirma essa busca por renovação, apesar de alguns internautas considerarem o evento “sem brilho” e “monótono”. A grife, contudo, segue empenhada em evoluir e desenvolver-se, em sintonia com o espírito do tempo.

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