Mais do que nunca, a combinação de egos, redes sociais e uma agenda exaustiva elevou os ânimos no paddock. Revelando uma temporada surpreendente, sendo a mais agitada da história, com um número absurdo de demissões, trocas, punições e surpresas que se estenderam além da pista e até mesmo dos próprios pilotos, como a confirmação da ida de Lewis Hamilton para a Ferrari ou o caso de assédio do chefe de equipe da Red Bull.
Essa é a temporada mais longa da história, contando com 24 corridas no calendário, e como era de se esperar, está cobrando seu preço aos pilotos e a diretoria.
Dramas na grade e nas bastidores da FIA
As tensões na grade têm gerado confrontos notáveis, como a recente discursão entre Max Verstappen e George Russell no GP do Catar. Verstappen, após perder a melhor posição, declarou que “perdeu todo o respeito” por Russell, criando um clima digno de programa televisivo.
“Eu to aqui pra lutar, eu não vou parar e acenar pra ele só porque ele é o Max Verstappen em uma Red Bull!” – Disse Russell um ano antes, e não deu pra trás em momento algum.
Parece que Max encontrou alguém tão doido quanto ele e não gostou nenhum pouco disso. Lando Norris não batia de frente, os outros tinham medo, Charles Leclerc o único que demonstrou capacidade de enfrentar Max na pista, tem o respeito de Verstappen e proporciona batalhas limpas mas a Ferrari nem sempre ajuda, porém George Russell não se importa, ele é louco o bastante pra peitar Max Verstappen em uma Red Bull — Por mais que ela não esteja lá essas coisas esse ano. — Russell não abaixa a cabeça para o tetracampeão.
E não parou por aí, nos bastidores, a FIA também vive turbulências. Recentes mudanças na direção têm chamado atenção, levando Toto Wolff, chefe da Mercedes, a brincar que o órgão poderia protagonizar seu próprio programa de televisão.
O diretor da FIA conseguiu até irritar o Oscar Piastri — O piloto mais educado e controlado do grade.
Mohammed Ben Sulayem diz que está salvando a Fórmula 1, mas se mostrou um dirigente irresponsável com sua ‘equipe’, desrespeitoso e nada agradável ao longo dos anos, com inúmeras reclamações vindas dos pilotos que se sentiram na obrigação de publicar uma carta em conjunto direcionada ao diretor da FIA, exigindo clareza e respeito, é claro que foi totalmente ignorada.
A influência da Netflix e das redes Sociais
A popularidade da Fórmula 1 disparou graças a plataformas como a Netflix que trouxe a vida dentro e fora das pistas dos pilotos e os demais, na série “Drive to Survive” — trazendo o lado que todos nós temos: o humano — e o aumento da exposição nas redes sociais.
Isso tem incentivado os pilotos a cultivarem personas públicas, muitas vezes exagerando papéis para agradar admiradores e alavancar suas marcas pessoais. Alguns deles se perderam no caminho, outros jamais mudaram e demonstraram que são fieis a si mesmos, goste quem gostar.
Os espectadores têm acompanhado não apenas as corridas, mas também as rivalidades e alianças que se desenrolam em tempo real. Essa teatralidade trouxe um novo público, mas também intensificou a pressão sobre os protagonistas. Um piloto da McLaren em especial, foi um alvo esse ano, recebendo haters de todo lado que esquecem seu lado humano ao soltar comentários pessoais como ameaças de morte ou o incentivo a ela, trazendo lado ruim da exposição da vida desses atletas.
Fim do domínio absoluto da Red Bull
Depois de uma temporada dominante em 2023, a Red Bull enfrenta uma competição mais acirrada em 2024.O ano começou uma uma notícia preocupando, o chefe de equipe, Christian Horner foi acusado de assédio e trouxe a luz errada sobre a equipe, a acusai foi varrida pra debaixo do tapete, a funcionária demitida, e nada de fato aconteceu.
Após uma investigação interna independente, ele foi inocentado e manteve seu cargo. Apesar disso, o caso gerou tensões internas, com críticas públicas de Jos Verstappen e rumores sobre a possível saída de Adrian Newey.
A funcionária tentou recorrer da decisão, mas seu apelo foi rejeitado. A acusação foi varrida pra debaixo do tapete, o que geralmente acontece quando o alvo são os homens no poder. A Red Bull apenas informou que a investigação feita por eles, declarou Horner inocente, a FIA disse que não entraria mais no assunto e nada sobre essa investigação secreta veio a público.
Enquanto isso, a máquina da Red Bull caía e a proximidade das disputas na grade aumentado as rivalidades, especialmente entre Verstappen e pilotos emergentes como Lando Norris, que talvez antes fosse amigo próximo de Max, mas quando se está na pista disputando pelo mesmo lugar.. As coisas podem mudar um pouco, não com Max e Charles, a amizade fora das pistas continua, Max ainda admira Lewis Hamilton, já Lando Norris faz questão de ser arrogante e desrespeito ao mesmo tempo toda vez que abre a boca na frente das câmeras. A parte da arrogância até seria normal, se você entregasse o que promete.
O desafio da McLaren ao domínio da Red Bull resultou em momentos tensos, como os incidentes no GP do México, onde Verstappen foi penalizado por ultrapassar limites. A pressão para manter o topo trouxe um novo nível de intensidade ao campeonato.
O Impacto de uma temporada extenuante
Com 24 corridas no calendário, a temporada mais longa da F1 exigiu sacrifícios enormes das equipes e pilotos. A logística complicada, fusos horários extremos e a sequência de seis corridas em oito semanas deixaram todos no limite.
No passado, as temporadas eram mais curtas e menos desgastantes. Em 1996, Damon Hill conquistou o título após apenas 16 corridas, a maioria na Europa. Hoje, a realidade é completamente diferente, com desafios físicos e mentais que impactam todos os envolvidos.
Fim do espétaculo mundial
A Fórmula 1 de 2024 é um espetáculo de competitividade e drama, com a combinação de egos de homens muito ricos e pilotos, pressões externas e desafios logísticos.
Com a adrenalina a mil e uma audiência global cada vez mais atenta, a temporada entrará para a história pelos momentos de pura intensidade dentro e fora das pistas, com certeza esse foi o ano mais caótico e agitado da F1, o que na verdade, faz com que nosso interesse aumente ainda mais.
Aposto que a próxima temporada de Drive to Survive não vai ter o que reclamar com a audiência. Nesse final de semana se encerra a última batalha do ano dos nossos heróis e vilões, mas a guerra não acabará por ai.