A Azul Linhas Aéreas anunciou que suspenderá suas operações em 12 cidades brasileiras a partir de 10 de março deste ano. A medida foi atribuída a diversos fatores, incluindo o aumento nos custos operacionais da aviação e ajustes entre oferta e demanda. Os clientes afetados serão informados previamente e receberão assistência conforme determina a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Cidades afetadas
A interrupção das operações ocorrerá nos seguintes municípios:
- Barreirinhas (MA)
- Cabo Frio (RJ)
- Campos (RJ)
- Correia Pinto (SC)
- Cratéus (CE)
- Iguatú (CE)
- Mossoró (RN)
- Parnaíba (PI)
- Rio Verde (GO)
- São Benedito (CE)
- São Raimundo Nonato (PI)
- Sobral (CE)
A Azul destacou que a decisão faz parte de um planejamento estratégico e que, mesmo com a suspensão, segue avaliando o mercado para possíveis ajustes futuros.
Outras alterações operacionais
Além das suspensões, a companhia também anunciou mudanças em outras rotas. A partir de 3 de março, os voos para Fernando de Noronha (PE) passarão a ser operados exclusivamente a partir de Recife (PE). Já em 10 de março, os voos de Juazeiro do Norte (CE) terão como destino apenas o Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), principal hub da Azul.
No aeroporto de Caruaru (PE), a empresa também anunciou uma readequação. Devido à baixa ocupação, os voos serão operados por aeronaves Cessna Grand Caravan, com capacidade para nove passageiros.
A companhia justificou as mudanças citando a crise global na cadeia de suprimentos, a alta do dólar e a disponibilidade da frota, reforçando que sua estratégia visa manter um equilíbrio entre oferta e demanda.
Impactos e fusão com a Gol
A Azul afirmou que sua malha aérea segue em constante revisão para otimizar a eficiência operacional. O Aeroporto Internacional de Viracopos esclareceu que não será impactado pelas mudanças, uma vez que as rotas a partir de Campinas seguem inalteradas.
As alterações foram divulgadas poucos dias após o anúncio de uma possível fusão entre Azul e Gol. O grupo Abra, controlador das companhias Gol e Avianca, assinou um memorando de entendimento com a Azul para explorar a viabilidade de uma união dos negócios no Brasil. Caso a fusão seja confirmada, as empresas devem manter suas marcas e certificados operacionais independentes.