A cantora Lexa compartilhou com seus seguidores um momento de profunda dor: o falecimento de sua filha, Sofia, ocorrido no dia 5 de fevereiro. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (10), quando a artista revelou que a bebê nasceu prematura devido a complicações causadas pela pré-eclâmpsia e pela síndrome de Hellp. Durante sua internação, Lexa enfrentou um período desafiador, com diversos procedimentos médicos para tentar manter a gestação o máximo possível.
A perda da filha trouxe à tona a gravidade dessas condições que afetam muitas gestantes e representam riscos tanto para a mãe quanto para o bebê. Especialistas explicam os sintomas, os fatores de risco e a importância do diagnóstico precoce para evitar complicações.
Os riscos da pré-eclâmpsia e da síndrome de Hellp
A pré-eclâmpsia é uma condição caracterizada pelo aumento da pressão arterial durante a gravidez, podendo causar sintomas como inchaço excessivo, dores de cabeça e presença de proteínas na urina. Embora muitas mulheres não percebam os sinais iniciais, o acompanhamento médico adequado pode evitar que o quadro se agrave.
Nos casos mais severos, a pré-eclâmpsia pode evoluir para a síndrome de Hellp, que compromete a função hepática e reduz as plaquetas no sangue. Essa complicação pode colocar a vida da mãe em risco e exigir a interrupção da gravidez antes do tempo ideal para o desenvolvimento do bebê.
A ginecologista Fernanda Nunes explicou ao Metrópole que a pré-eclâmpsia costuma surgir após a 20ª semana de gestação e, dependendo da gravidade, o tratamento pode incluir desde repouso até a indução do parto prematuro, caso haja risco para a mãe ou para o bebê. Ela destaca que o principal objetivo do acompanhamento médico é prolongar a gestação sem comprometer a saúde de ambos.

Identificação precoce pode salvar vidas
Além da pressão alta, a pré-eclâmpsia pode causar danos aos rins e ao fígado, tornando essencial o monitoramento constante durante o pré-natal. A ginecologista Bárbara Freyre alerta que sinais como dor abdominal intensa, alterações na visão e ganho de peso repentino indicam a necessidade de buscar atendimento médico com urgência.
A síndrome de Hellp, por sua vez, provoca a destruição dos glóbulos vermelhos e aumenta os riscos de falência hepática. Em casos graves, pode levar a hemorragias internas, tornando indispensável a intervenção hospitalar imediata.
O impacto emocional e a importância do suporte
A experiência vivida por Lexa evidencia não apenas os desafios físicos dessas complicações, mas também o sofrimento emocional das mães que enfrentam gestações de risco. Durante os 17 dias de internação, a cantora compartilhou sua luta e a esperança de que sua filha sobrevivesse.
A ginecologista Luana Ariadne enfatiza que, além do suporte médico, as gestantes precisam de acompanhamento psicológico para lidar com a pressão emocional que condições como a pré-eclâmpsia impõem. Ela ressalta que mulheres com histórico de hipertensão, obesidade ou diabetes devem ter um monitoramento ainda mais rigoroso para prevenir complicações.
Embora a perda de Sofia tenha sido irreparável para Lexa, o relato da artista reforça a necessidade de atenção à saúde materna e a importância de identificar sinais de alerta desde os primeiros meses da gestação. O pré-natal adequado pode ser decisivo para evitar desfechos trágicos e garantir o bem-estar da mãe e do bebê.