Deputada pede prisão de Bolsonaro após ato no Rio de Janeiro

A parlamentar Duda Salabert afirma que o ex-presidente fez declarações que afrontam a ordem democrática e a segurança institucional do país
Deputada pede prisão de Bolsonaro após ato no Rio de Janeiro
Deputada pede prisão de Bolsonaro após ato no Rio de Janeiro. Reprodução/Instagram/@silasmalafaia

A deputada federal Duda Salabert (PDT-MG) requisitou a detenção preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro. A deputada entrou com representação junto à Procuradoria-Geral da República (PGR) após o ato de domingo (16), no Rio de Janeiro. Dessa forma, a parlamentar afirma que, durante a manifestação, Bolsonaro fez declarações que afrontam a ordem democrática e a segurança institucional do país.

Solicitação de Salabert

Na solicitação, ela afirma que Bolsonaro usou tom conspiratório para colocar dúvidas sobre a validade do processo eleitoral brasileiro quando, em meio ao ato, questionou: “Nosso governo fez o seu trabalho, por que perdeu a eleição?” Segundo a parlamentar, essa é a permanência de um discurso que representa risco à democracia, pois alimenta a insatisfação de grupos extremistas.

Deputada pede prisão de Bolsonaro após ato no Rio de Janeiro. (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)

A deputada diz que as declarações do ex-presidente podem ser enquadradas como crimes contra as instituições democráticas do país, de acordo com o Artigo 359-N do Código Penal: “impedir ou perturbar o livre exercício dos Poderes da União ou dos Estados, mediante ameaça ou violência“. 

Em entrevista ao jornal O Tempo, a deputada argumenta que trata-se de uma estratégia criminosa do ex-presidente, de seguir praticando crimes e incentivando ataques ao sistema democrático brasileiro. Baseada nesses argumentos, a parlamentar conclui que a manutenção de Bolsonaro em liberdade representa uma ameaça à garantia da lei e da ordem.

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Duda, também pede, além da prisão, que a PGR proíba o ex-presidente de usar redes sociais e de participar de eventos públicos. Segundo ela, essas são formas de Bolsonaro continuar com incitações antidemocráticas.

Ato no Rio de Janeiro

Na manhã de domingo (16), o político reuniu apoiadores na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, para defender a anistia aos condenados de 8 de janeiro. No ápice, o ato teve 18,3 mil pessoas, segundo levantamento de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP).

bolsonaro
Ato reuniu apoiadores de Bolsonaro, dentre eles, o governador Tarcísio e Nikolas Ferreira. (Foto: reprodução/Instagram/@tarcisiogdf)

Eu jamais esperava um dia estar lutando por anistia de pessoas de bem, de pessoas que não cometeram nenhum ato de maldade, que não tinham a intenção e nem poder para fazer aquilo que estão sendo acusadas”, disse Bolsonaro.

Durante o discurso, Bolsonaro também afirmou que não sairá do Brasil para evitar uma eventual prisão. Nos dias 25 e 26 de março o Supremo Tribunal Federal (STF), irá deliberar se acata ou não a denúncia da PGR por suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

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O evento foi organizado pelo pastor Silas Malafaia e o objetivo era pressionar o Congresso Nacional a aprovar o projeto de lei que anistia os condenados do 8 de janeiro.  As condenações são por conta da invasão na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Em 8 de janeiro de 2023, milhares de apoiadores de Jair Bolsonaro quebraram janelas, cadeiras, computadores e obras de arte, além da tentativa de incendiar o interior do STF.

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