Polícia investiga professor que usou o mesmo instrumento para coletar sangue dos alunos

A Polícia investiga o professor que usou o mesmo objeto pontiagudo para colher sangue de 44 alunos em uma escola no Espírito Santo. A atividade ocorreu na sexta-feira (14)
Polícia investiga professor que usou o mesmo instrumento para coletar sangue dos alunos
Polícia investiga professor que usou o mesmo instrumento para coletar sangue dos alunos. Reprodução/Pexels/@paveldanilyuk

A Polícia investiga o professor que coletou amostras de sangue dos alunos utilizando o mesmo material como agulha. O caso ocorreu na sexta-feira (14) em uma escola estadual do município Laranja da Terra, no Espírito Santo.

A atividade prática, proposta pelo professor de química, envolvia furar o dedo dos alunos com um objeto pontiagudo de metal e depois observar o material no microscópio. Segundo os pais, 44 alunos de três turmas diferentes participaram do experimento.

Os próprios estudantes gravaram a atividade. “No momento, a gente pensou: ‘Ah, ele é o professor, ele sabe o que ele está fazendo’. E, como ele estava limpando com álcool, a gente, no calor do momento, acreditou que estava tudo bem e a maioria deixou furar o dedo”, diz uma estudante em relato ao Jornal Nacional.

Consequências

Toda agulha, neste caso material pontiagudo, deve ser descartada após o uso. O compartilhamento do objeto pode transmitir doenças como hepatite B e C, AIDS, HIV e infecções bacterianas. Por esse motivo, os alunos foram encaminhados ao hospital para fazer exames médicos e detectar possíveis infecções.

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Alunos fizeram exames para detectar possíveis infecções. (Foto: reprodução/Pexels/@losmuertoscrew)

Uma mãe informou ao Jornal Nacional que todos os exames deram negativo. As turmas que passaram pela atividade eram do 2º e 3º ano do Ensino Médio, com idade entre 16 e 17 anos. Na terça-feira (18), novos testes foram feitos e os estudantes serão monitorados por três meses.

Investigações da polícia

O caso foi encaminhado para a corregedoria da Secretaria de Estado da Educação (Sedu) que irá apurar o que aconteceu. A Secretaria informa que a atividade foi realizada sem a devida autorização da coordenação pedagógica. Os pais dos alunos também relataram que não foram comunicados previamente.

O professor responsável pelo experimento foi demitido e será intimado pela Polícia Civil, que, neste momento, está ouvindo as testemunhas. O delegado-geral da Polícia Civil do Espírito Santos, José Darcy Arruda, declarou, ao Jornal Nacional, que, a princípio, trata-se de um crime de exposição ao perigo, porém, o fato será apurado.

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