A medida do governo brasileiro de reduzir a zero a tarifa de importação de alguns alimentos já apresenta resultados. O levantamento do Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex), divulgado pelo O Globo, mostrou que, como esperado, o maior efeito deve ser observado nos produtos que o Brasil mais importa, como azeite e sardinha.
Efeitos no mercado
Dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV) indicam que a variação de preços do azeite, café, carnes e sardinha é cada vez menor desde a aprovação da medida. Para a análise, a Fundação considera os preços ao longo do mês e quanto variaram.
Hoje, os itens beneficiados pelo imposto apresentam uma menor inflação. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é a responsável por acompanhar os preços dos alimentos e afirma que identificou uma queda nos preços de produtos como óleo de soja, ovos, carne bovina e farinha de trigo.
Óleos vegetais tiveram a tarifa de importação zerada e agora, segundo a Conab, houve uma queda de 1% a 4% nos preços em relação ao mês anterior (fevereiro). A tarifa zero na importação do milho gerou diminuição no preço dos ovos, que caiu 6% no Espírito Santo e 3% em São Paulo.

A carne bovina também ficou mais barata, além da farinha de trigo, que teve uma queda relacionada à tarifa zero das massas alimentícias.
Relembre a medida
No dia 14 de março, entrou em vigor a medida provisória que zerou o imposto de importação de alimentos com potencial de importação, incluindo carnes, café, azeite, óleo e milho. O foco foi nos alimentos críticos para a cesta básica.
Na época, o Comitê Executivo de Gestão (Gecex) já previa que a ação permitiria a importação dos produtos a custos menores, aumentando a disponibilidade desses alimentos no mercado e facilitando a aquisição por parte do público.
O objetivo do Governo Federal era diminuir a alta dos preços, contribuindo para o cumprimento da meta de inflação (IPCA), estimular a produção de alimentos da cesta básica e fortalecer os estoques reguladores.