O clássico entre Brasil e Argentina, disputado na noite de terça-feira (25) no Estádio Monumental de Núñez, terminou com a vitória dos argentinos por 4 a 1. Além do resultado expressivo, a partida deixou claro falhas graves no esquema tático da seleção brasileira, intensificou a crise interna na CBF e acendeu o alerta sobre o futuro da equipe rumo à Copa do Mundo de 2026.
Pressão, provocações e a busca por uma vitória importante
O Brasil chegou ao confronto sob forte pressão. Os últimos resultados nas Eliminatórias não vinham sendo convincentes, e Dorival Júnior, ainda tentando encontrar a melhor formação para a equipe, estava cada vez mais questionado. Internamente, a CBF já discutia a possibilidade de mudança na comissão técnica caso uma nova derrota acontecesse.
Além do cenário conturbado, as provocações também esquentaram o clássico. Dias antes da partida, o atacante Raphinha declarou que o Brasil “daria porrada” na Argentina, e que ele com certeza marcaria um gol em cima da seleção rival. A frase repercutiu na imprensa internacional e foi vista como combustível para o time argentino.
TÁ DADO O RECADO! 🔥🔥🔥🔥🔥
— RomárioTV (@Romariotv_ofc) March 23, 2025
O Raphinha não pipocou e mandou avisar que Brasil x Argentina é PORRADA NELES! 🤣
ESSA ENTREVISTA COMPLETA VOCÊ ACOMPANHA NO YOUTUBE DA ROMÁRIOTV! 📺#RomárioTV #Argentina pic.twitter.com/9uQnmCd8xJ
Do outro lado, a Argentina vinha confortável, com o primeiro lugar da tabela das eliminatórias da copa do mundo. A seleção veio com o time entrosado, mesmo sem seu principal astro. Lionel Messi ficou fora do jogo por lesão, o que, para muitos, poderia ter equilibrado o confronto. No entanto, mesmo sem seu camisa 10, os argentinos dominaram amplamente a partida e impuseram seu jogo desde o início.
A tentativa de controle da seleção brasileira durante a partida
Desde o apito inicial, ficou evidente a diferença entre as equipes. A Argentina dominou a posse de bola, trocando passes com facilidade, enquanto o Brasil mostrava desorganização defensiva e dificuldades na marcação.
O placar foi aberto cedo: Julián Álvarez balançou as redes aos 4 minutos, aproveitando um erro de posicionamento da defesa brasileira. Com a seleção brasileira ainda abalada pelo gol adversário, o time argentino marcou o segundo rapidamente, aos 12 minutos, com Enzo Fernández, que finalizou após jogada bem trabalhada pelo meio-campo argentino.
O Brasil depois, aos 26 minutos, com um gol de Matheus Cunha, após uma jogada individual de Vinícius Júnior. No entanto, a reação parou por aí. A Argentina seguiu pressionando e marcou o terceiro gol aos 37 minutos, com Alexis Mac Allister, encerrando o primeiro tempo com uma vantagem confortável de 3 a 1.
Dorival tentou mudar o jogo com alterações ofensivas, mas a equipe não conseguiu pressionar o adversário. A Argentina manteve sua postura agressiva e fez mais um gol aos 71 minutos, com Giuliano Simeone. O jogo terminou com o expressivo placar de 4 a 1.

Crise na Seleção, pressão em Dorival e Ancelotti na mira
A atuação desastrosa do Brasil gerou forte repercussão na imprensa internacional. O jornal espanhol AS ironizou a fala de Raphinha, dizendo que “a porrada quem levou foi ele“. A mídia argentina exaltou a superioridade da equipe de Scaloni, enquanto no Brasil, a cobrança sobre a CBF aumentou exponencialmente.
O técnico Dorival Júnior está na corda bamba. A CBF, que já vinha discutindo sua permanência, agora considera antecipar sua demissão. Nos bastidores, Carlo Ancelotti, atualmente no Real Madrid, volta a ser cogitado como um possível substituto. O nome de Filipe Luís, treinador do Flamengo, também entrou na discussão como uma opção nacional.
Apesar da derrota, o Brasil ainda está dentro da zona de classificação para a Copa do Mundo de 2026. O time ocupa a quarta colocação nas Eliminatórias, mas o desempenho preocupa. Com jogos difíceis pela frente, a equipe precisa reagir rapidamente para garantir sua vaga sem sustos.
O futuro da Seleção brasileira
O confronto contra a Argentina expôs fragilidades gritantes na seleção brasileira. A goleada não apenas representou mais uma derrota no histórico recente contra os rivais, mas também evidenciou a falta de identidade tática da equipe.
Dorival Júnior corre risco de demissão, e a CBF enfrenta um dilema: manter o projeto atual ou buscar um nome de peso para comandar o Brasil rumo à Copa do Mundo? O que parece certo é que mudanças são inevitáveis. Resta saber se acontecerão antes que seja tarde demais.