Um terremoto de magnitude 7,7 atingiu parte da Ásia na sexta-feira (28). O país mais afetado foi Mianmar, porém o tremor também atingiu a Tailândia e regiões da China. O número de mortos continua a subir. Até o momento, segundo a mídia chinesa, 2.719 pessoas morreram.
O que aconteceu
Este terremoto foi um dos mais fortes já registrados em Mianmar, danificando pontes, rodovias, aeroportos e ferrovias. O desastre também apresenta reflexos na economia, pois debilitou o sistema de saúde ao deslocar mais de 3,5 milhões de pessoas, segundo reportagem do G1.
Mianmar já passava por um momento difícil, com instabilidade financeira e política causada pela guerra civil contra o golpe militar de 2021. Moradores das áreas próximas ao epicentro do tremor afirmaram à agência de notícias Reuters que a presença do governo para assistir às pessoas foi escassa.
A busca por sobreviventes continua. Equipes de resgate procuram desaparecidos em Mianmar e na Tailândia. Neste último país, um arranha-céu foi derrubado na capital, Bangkok, e ainda há 76 pessoas desaparecidas que podem estar soterradas pela queda da construção.
Sobreviventes do terremoto
Em Mianmar, uma mulher foi resgatada três dias após o tremor. Ela estava presa nos escombros de um hotel que desabou na cidade de Mandalay. Mesmo após 60 horas, a vítima sobreviveu e está estável, após o resgate que durou cinco horas e teve ajuda de equipes locais, russas e chinesas.

Já na Tailândia, o governador de Bangkok, Chadchart Sittipunt, afirmou que as buscas continuarão mesmo que o prazo de 72 horas para encontrar pessoas vivas seja atingido. “A busca continuará mesmo depois de 72 horas porque, na Turquia, pessoas que ficaram presas por uma semana sobreviveram”, comunicou Chadchart.
Com o terremoto, a ONU enviou suprimentos de socorro para sobreviventes em Mianmar. Além da organização, Índia, China, Tailândia, Malásia, Cingapura e Rússia enviaram equipes e materiais de socorro. Os Estados Unidos também prometeram ajuda de US$ 2 milhões por meio de organizações humanitárias.