Desigualdade salarial: mulheres recebem 20,9% a menos do que os homens

Diferença na média salarial e desigualdade nos cargos de liderança: os desafios enfrentados pelas mulheres no mercado de trabalho
Mulher branca sentada a mesa trabalhando no computador.
Desigualdade salarial: mulheres recebem 20,9% a menos do que os homens. Reprodução/Pexels/@AndreaPiacquadio

Um relatório recente apontou que as brasileiras recebem, em média, 20,9% a menos do que os homens. Os dados foram divulgados pelos Ministérios do Trabalho e Emprego e das Mulheres e são provenientes do 3º Relatório de Transparência Salarial e Igualdade Salarial. 

Conforme o levantamento, a média salarial dos homens é de R$ 4.745,53, enquanto a das mulheres fica em R$ 3.755,01. Elas correspondem a 40,6% dos trabalhadores formais no Brasil, totalizando 7,7 milhões de vínculos empregatícios.

Fator racial acentua desigualdade

A desigualdade salarial é ainda mais acentuada para as mulheres negras, cuja média salarial é de R$ 2.864,39, representando apenas 47,4% do que recebem os homens não negros, que ganham R$ 6.033,15 em média.

desigualdade salarial
Desigualdade salarial é ainda maior para mulheres negras. (Foto: reprodução/Pexels/@AnnaShvets)

Desigualdade em cargos de liderança

As distorções salariais persistem em diferentes níveis de ocupação. Mulheres em cargos de direção e gerência recebem, em média, 73,2% do salário dos homens, enquanto nas funções de nível superior, elas ganham 68,5%, e nas atividades administrativas, 79,8%.

Desafios na busca pela igualdade salarial

A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, avalia que “a desigualdade salarial entre mulheres e homens persiste porque é necessário que haja mudanças estruturais em nossa sociedade”

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Mulheres recebem menos, mesmo em cargos de liderança. (Vídeo: reprodução/YouTube/Lascene Produções)

Entre 2015 e 2024, a participação das mulheres na massa total de rendimentos cresceu apenas de 35,7% para 37,4%. A subsecretária de Estatísticas e Estudos do Trabalho, Paula Montagner, observa que esses números indicam uma relativa estabilidade decorrente das remunerações menores das mulheres.

A divulgação do relatório atende à Lei da Igualdade Salarial, sancionada em 3 de julho de 2023, que exige que empresas com mais de 100 funcionários adotem medidas de transparência salarial e promovam a equidade na remuneração. Além disso, a legislação estabelece iniciativas como a criação de canais para denúncias, implementação de programas de diversidade e desenvolvimento de ações voltadas à capacitação de mulheres, com o objetivo de reduzir a desigualdade salarial e fomentar a equidade de oportunidades no mercado de trabalho no Brasil.

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