A ascensão meteórica e a queda vertiginosa de Sean Combs, o P. Diddy, um dos maiores nomes do rap dos anos 1990, é o tema central de um novo documentário que expõe um lado sombrio do magnata da música.
“Diddy: Como Nasce um Bad Boy”, disponível no Globoplay e com exibição no GNT, apresenta imagens inéditas e depoimentos de vítimas, ex-funcionários e ex-parceiras, revelando um histórico de abusos, agressões, estupros e tráfico sexual.
As acusações contra Diddy somam mais de cem relatos, incluindo casos de estupro de adolescentes de 13 e 17 anos. Preso desde setembro de 2024, Diddy nega todas as acusações e aguarda julgamento, marcado para 5 de maio. Se condenado, pode pegar prisão perpétua.
A ascensão e o lado sombrio do sucesso
O documentário traça a trajetória de Diddy, desde a infância no Harlem até o auge da fama, quando se tornou um ícone da cultura pop e acumulou uma fortuna bilionária. Com a criação da gravadora “Bad Boy Entertainment”, a produção de artistas como Usher e Mary J. Blige marcaram sua ascensão na música.

No entanto, o sucesso escondia um comportamento violento e abusivo, revelado por ex-funcionários e vítimas. Relatos de agressões, uso do medo como forma de controle e um histórico de violência nos bastidores da música contrastam com a imagem pública de Diddy. Um ex-funcionário, em depoimento inédito no documentário, descreve o rapper como “muito violento”, que acreditava que o medo geraria respeito.
Festas milionárias e crimes ocultos
As festas luxuosas promovidas por Diddy em sua mansão nos Hamptons, frequentadas por celebridades como Beyoncé, Will Smith e Leonardo DiCaprio, escondiam um submundo de drogas, orgias e tráfico sexual. Uma advogada afirma ter reunido provas de crimes graves cometidos durante esses eventos promovidos pelo rapper.
Uma das vítimas, sob anonimato, relatou ter sido violentada brutalmente e ameaçada por Diddy. O relacionamento de Diddy com a modelo e cantora Cassie Ventura, que durou anos, é um dos pontos centrais das acusações. Vídeos de agressões e relatos de violência física e psicológica, abuso sexual e controle total sobre a vida de Cassie revelam um padrão de comportamento abusivo.
A advogada Lisa Bloom, que representa uma das acusadoras, destaca a dimensão do caso, envolvendo “a figura mais poderosa na indústria da música e uma das pessoas mais poderosas nos Estados Unidos”. O documentário lança luz sobre os crimes de Diddy e as consequências de seus atos, revelando a face oculta do sucesso e do poder.