Nesta quarta-feira (16), o Santos optou por encerrar as tratativas com Jorge Sampaoli, após o técnico, por meio de seus agentes, indicar que só poderia assumir a equipe a partir da metade da temporada. A diretoria alvinegra, no entanto, trabalha com urgência para encontrar um novo treinador que já comece a atuar nas próximas semanas.
Expectativas diferentes travam negociação
As conversas entre Sampaoli e o clube começaram após a demissão do português Pedro Caixinha, no início da semana. Marcelo Teixeira, presidente do Santos, liderou diretamente as conversas com o técnico argentino, que comandou a equipe em 2019 e ficou conhecido por seu estilo ofensivo, alcançando o segundo lugar no Campeonato Brasileiro daquele ano.
Apesar da boa lembrança e do interesse inicial, o retorno de Sampaoli esbarrou em um ponto crucial: o treinador sinalizou que só poderia assumir a equipe após a abertura da janela de transferências do meio do ano. Ele também apresentou uma lista de reforços considerados essenciais para montar um elenco competitivo, exigindo investimentos significativos por parte do clube.
A diretoria santista, por sua vez, entende que a reformulação do elenco já foi realizada no início da temporada 2025. O foco agora é reforçar pontualmente o grupo, especialmente no setor defensivo, e dar continuidade ao planejamento esportivo. O desejo é contratar um treinador que chegue já nas próximas semanas e possa conduzir o time na Série B do Campeonato Brasileiro com estabilidade e foco em resultados a curto prazo.
Perfil buscado e histórico pesaram na decisão
Outro fator que pesou na decisão de interromper as negociações com Sampaoli foi o perfil traçado pela diretoria para o novo técnico. O Santos busca um comandante com personalidade mais equilibrada, bom relacionamento com jogadores e diretoria, além de variações táticas que possam ser adaptadas ao elenco atual.
O histórico recente de Jorge Sampaoli em clubes como Flamengo, Atlético-MG e Olympique de Marselha foi analisado com atenção pela cúpula alvinegra. Mesmo com o reconhecimento pela sua capacidade técnica, a diretoria considerou que um cenário de instabilidade, como o vivido em suas passagens recentes por outros clubes, poderia comprometer o processo de reestruturação e o resgate da filosofia esportiva do Santos.

Com a negociação paralisada, o Santos segue no mercado em busca de um nome que possa alinhar ambição esportiva com estabilidade no vestiário. O novo comandante terá o desafio de manter o clube competitivo na temporada, mirando o retorno à elite do futebol brasileiro. Enquanto isso, o auxiliar Marcelo Fernandes segue à frente da equipe de forma interina.