Pode nos contar um pouco sobre sua trajetória de vida como uma pessoa LGBTQ+? Há quanto tempo está em seu relacionamento?

“Então, vamos lá… Eu me entendi de fato como uma pessoa LGBT com 24 anos após me separar, onde estava em um relacionamento hétero. Eu sempre senti, desde os 14 anos, que sentia atração por mulheres, mas fui criada por uma família conservadora onde me falavam que “o certo é mulher casar com homem e tudo que saía disso era errado”.

Cresci com isso de ser errado, mas sempre com aquele sentimento que eu gostava de mulheres dentro de mim. Quando me separei, aos 24 anos, resolvi ficar com mulheres para “tirar a prova” (podemos dizer assim). Foi então que vi que, sim, gostava de mulheres. De início achava que era bissexual, mas estava meio assim, porque ao lembrar em ficar com homem me vinha a repulsa, foi então que fiquei com algumas mulheres.

Depois conheci a minha companheira Andri e tudo foi para o lugar, entendi que não era bissexual, mas sim lésbica. Eu e a Andri estamos juntas há 10 meses mas já vivemos tantas coisas que parecem anos. Sabe, você estar no relacionamento certo, com a pessoa que te entende e assim tudo fazer sentindo.”