“A Substância” levanta a reflexão: até que ponto a beleza vale a pena?

A Substância levanta discussões e reflexões sobre o que a indústria do padrão feminino e as pressões vividas por mulheres para manter uma beleza fora do comum
Festival de Cannes
Demi Moore mostra uma interpretação impecável em um trailer alucinante. Reprodução/Instagram/@demimoore

“A Substância” é um filme que vai levar as pessoas a refletirem sobre sua própria imagem. Um filme pertubador, que estreou no Festival de Cannes. O longa já começa bem peculiar, com um ovo sendo injetado com um líquido e sua gema dividindo-se em dois e, por sua vez, outro ovo surge. São procedimentos médicos que ilustram o thriller da produção, que envolve uma ficção científica realmente fascinante.

Sem medo de ir além, as imagens e linguagens tornam-se repetitivas, com uma abertura que já dá o tom do filme e leva a uma jornada alucinante em grande parte do longa. Mas o que mais impacta no trailer é a imagem de uma estrela da “Calçada da Fama de Hollywood”, de Elisabeth Sparkle (Demi Moore), onde uma lenda do cinema que chamava os holofotes da fama e milhões de fãs, não atrai mais ninguém, mais nada e a estrela é absolutamente esquecida.

Elisabeth tem 50 anos, é casada e apresenta um programa de linguagem fitness que lida com um chefe tóxico (Dennis Quaid) que está no encalço de uma mulher mais jovem para substituir Elisabeth. Ao se ver demitida, seu desespero é tanto que sofre um acidente de carro. No hospital, um homem oferece-se para ajudá-la e assim trazer novamente a sua juventude, o nome desta solução: “A substância”.

Teaser do Filme “A Substância” é um terror corporal perturbador, mas alucinante. (Vídeo: reprodução/Youtube /Imagens Filme)

Filme “A Substância” fala sobre uma versão melhor, mais jovem e após o fim do líquido, as consequências

O longa gira em torno de Elisabeth aceitar o que o “misterioso sujeito” lhe propõe. Com o seu, sim, ela recebe a caixa com as instruções: injeta o líquido que promete liberar o melhor do seu EU. O corpo real bombeia fluidos para sustentar o outro corpo e, passados 7 dias, retorna ao corpo normal e este ciclo se torna um infinito.

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O tempo passa e os dois lados de Elisabeth começam a se confrontar. Sue com Elisabeth tem uma alimentação descompensada, a TV é sua zona de conforto, com um apartamento totalmente às avessas, com bagunça por todos os lados. Por sua vez, Elisabeth com Sue provoca seu outro ser, fazendo-o se sentir inadequada. Este conflito faz com que Sue burle as regras do procedimento e queira permanecer mais jovem e aumentar o tempo que pode permanecer com o líquido. No entanto, Elisabeth descobre que está envelhecendo mais rápido que o normal.

É neste momento que se veem as consequências de atitudes impensadas. O abismo se aproxima de uma maneira totalmente sem volta. Lógica, neste sentido, não se acha, pois em um mundo de pessoas lotando seus corpos com “canetas emagrecedoras” deixando irreconhecíveis pessoas aparentemente saudáveis, parece ser uma premonição.

E o que esperar do resto do filme?

O filme abre um debate sobre algo que não é sutil. Está escancarado em toda a sociedade e, com isto, argumentar o padrão de beleza imposta a uma grande parte das mulheres.

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Coralie Fargeat, em “A Substância” fez uma grande entrada cinematográfica de 2024 no Festival de Cannes e conquistou o prêmio de melhor roteiro do júri.

O longa será lançado no país em 20 de setembro.

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