África de volta à Fórmula 1: Ruanda busca retorno ao oficializar candidatura ao calendário da categoria

África, que marca sua ausência dos GPs desde 1993, anunciou sua candidatura para voltar a sediar um dos esportes mais populares do mundo, a Fórmula 1
África de volta à Fórmula 1: Ruanda busca retorno ao oficializar candidatura ao calendário da categoria
África de volta à Fórmula 1: Ruanda busca retorno ao oficializar candidatura ao calendário da categoria. Reprodução/X/@g_s_world

Finalmente, após anos de pedidos tanto de representantes do país quanto dos pilotos, especialmente de Lewis Hamilton, a África está prestes a voltar a assumir uma pista para um dos esportes mais populares da atualidade.

“Eu quero correr na África. Estamos em todos os outros continentes. Quando você traz um Grande Prêmio para um lugar, leva tanta atenção e tantas viagens, ótimo para a economia e para educar as pessoas. (…) Temos a oportunidade de realmente explorar a comunidade e deixar um legado duradouro. Não deveria ser apenas para aparecer, fazer um show e sair. Estou lutando por isso, ligando constantemente e dizendo: ‘Como está o processo para fazer esse GP acontecer?’ Eu quero correr lá antes de me aposentar!”. Disse Lewis Hamilton em 2023, após ser questionado sobre qual lugar ele gostaria que fosse adicionado ao calendário das corridas.

África de volta na Fórmula 1
(Foto: Reprodução/X/@f1rtp)

Ruanda deu um passo significativo nesta sexta-feira (13), ao oficializar sua candidatura para integrar o calendário da Fórmula 1. O anúncio aconteceu durante a cerimônia de premiação anual da FIA, que foi realizada na capital Kigali. O evento contou com a presença de figuras, como o presidente controverso da FIA, Mohammed Ben Sulayem, o presidente de Ruanda, Paul Kagame, e o Ministro dos Esportes, Richard Nyirishema.

O projeto do circuito está em desenvolvimento há mais de um ano e conta com a colaboração do ex-piloto Alexander Wurz, conhecido por seu trabalho no design de pistas. O traçado planejado em Kigali busca unir velocidade e a beleza natural do país, passando próximo ao novo aeroporto de Bugesera, florestas e ao redor do lago da cidade. Segundo Wurz, o objetivo é criar um circuito moderno e empolgante, que possa atender às exigências da Fórmula 1.

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O presidente Paul Kagame destacou a importância do projeto:

Estou feliz em anunciar formalmente nossa candidatura para trazer a emoção das corridas de volta à África, sediando um Grande Prêmio de Fórmula 1. Agradeço a Stefano Domenicali e sua equipe pelo progresso em nossas conversas e asseguro que estamos tratando essa oportunidade com seriedade e comprometimento.”

Mohammed Ben Sulayem também expressou algum otimismo em relação ao futuro do automobilismo na África:

Estar aqui em Ruanda neste momento tão importante demonstra a força desta nação e sua crescente relevância no automobilismo. Compartilhamos valores e objetivos, como inovação e sustentabilidade, e estou animado com o que o futuro nos reserva.”

Aproximação da Fórmula 1 com o continente africano

O esforço de Ruanda representa o desenvolvimento de meses de aproximação entre a FIA e o continente africano. A escolha de Kigali para sediar a cerimônia de gala em 2023 foi vista como um indicativo do interesse em levar a Fórmula 1 de volta à África, que está ausente do calendário desde o GP da África do Sul em 1993.

O presidente do Automóvel Clube de Ruanda, Christian Gakwaya, já havia afirmado em agosto que o país estava comprometido com a candidatura, destacando o potencial de impacto positivo no turismo e na economia local. Stefano Domenicali, CEO da Fórmula 1, confirmou o interesse em setembro:

Ruanda apresentou um plano sólido e demonstrou seriedade. Queremos correr na África, mas precisamos do investimento e da estratégia certos. É importante tomarmos decisões que beneficiem tanto o esporte quanto o local.”

Controvérsias e apoio

Apesar do entusiasmo de Ruanda, a decisão gerou críticas. O alto custo de sediar um GP em um dos países mais pobres do mundo levantou preocupações sobre prioridades econômicas e sociais. No entanto, Lewis Hamilton, sete vezes campeão mundial, defendeu a ideia:

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“Não podemos continuar ignorando a África. É um continente lindo, com um enorme potencial. Um GP aqui seria ótimo para o turismo e para destacar suas qualidades.”

A realização de um Grande Prêmio na África seria um marco no mundo do automobilismo, já que o continente é o único atualmente ausente do calendário da Fórmula 1. Além de reforçar a diversidade global do esporte, o retorno de corridas à África poderia ampliar o impacto cultural e esportivo da categoria, inspirando uma nova geração de fãs e talentos locais.

Além disso, trazer um esporte de grande escala como a Fórmula 1 para um país africano pode gerar um impacto significativo na economia local. Eventos dessa magnitude impulsionam setores como hotelaria, transporte, comércio e serviços, criando empregos diretos e indiretos. O turismo também se beneficia, com um aumento na visibilidade internacional do país e no número de visitantes atraídos pela combinação de esporte, cultura e paisagens únicas que só a África pode oferecer.

O futuro da Fórmula 1 e a temporada 2025

A Fórmula 1, agora em recesso, retorna em 2025 com os testes de pré-temporada no Bahrein, entre 26 e 28 de fevereiro. A temporada de 2025 terá início com o GP da Austrália, marcado para os dias 14 a 16 de março.

Antes disso, teremos o retorno da série Drive to Survive, que contará internamente como foi a temporada de 2024, tendo sua estreia marcada para o dia 7 de março.

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