Afropunk Brasil: celebração cultural reúne multidão em Salvador 10/11

Como foi o Afropunk em Salvador
Afropunk Brasil: celebração cultural reúne multidão em Salvador 10/11
Afropunk Brasil: celebração cultural reúne multidão em Salvador. Reprodução/Pinterest

No último fim de semana, Salvador reafirmou seu papel de protagonista na celebração da cultura negra ao receber mais uma edição do Afropunk Brasil. O evento, que ocupou o Parque de Exposições da cidade — muitas vezes reverenciada como a capital afro-brasileira —, atraiu mais de 52 mil pessoas em uma vibrante confluência de ritmos, cores e ancestralidade, consolidando-se, assim, como um marco cultural para a cidade e para o país.

Encontros, sabores e herança cultural no Afropunk Brasil

Mais que um festival de música, o Afropunk simbolizou uma autêntica festa da negritude. Em meio à arquitetura de Salvador, as influências africanas estavam presentes em cada detalhe, desde as barracas de alimentação até a atração principal predominantemente composto por artistas negros. A celebração envolveu o público em um desfile de roupas e acessórios que exaltavam a riqueza da herança cultural africana: colares, turbantes e braceletes iluminavam o local, refletindo a ancestralidade de maneira autêntica e colorida.

Primeiro dia: Erykah Badu e a magia de Jorge Aragão

A abertura do festival, no sábado, contou com uma programação intensa que ocupou dois palcos contíguos, onde se revezaram artistas como Jorge Aragão, Melly, Duquesa, Planet Hemp, Irmãs de Pau e Erykah Badu. Uma das atrações mais aclamadas, a cantora Erykah Badu, enfrentou um atraso em sua chegada. Com o intuito de manter a fluidez do evento, a organização decidiu adiantar a apresentação do carismático Léo Santana, ícone da swingueira e ex-integrante do grupo Parangolé. Sua apresentação enérgica trouxe emoção ao público, que, contagiado, enaltecia a cultura negra em cada movimento.

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Léo Santana descreveu sua primeira participação no Afropunk como uma experiência grandiosa e apoteótica. “Foi emocionante e lindo estar ali. A felicidade do público era visível, e foi uma honra sentir a energia dessa celebração da nossa cultura”, compartilhou o artista.

Domingo: resistência e sensibilidade em meio à chuva

No domingo, o público foi agraciado com apresentações de Larissa Luz, Timbalada, Silvanno Salles e Mateus Fazeno Rock, artistas que não se deixaram abater pela chuva fina que insistia em cair. No Palco Gira, a cantora Ebony, natural de Queimados, emocionou a multidão ao relatar o abuso sexual sofrido na infância. Com voz firme, a artista pediu um minuto de silêncio em homenagem às vítimas de violência e assédio no Brasil, conferindo ao evento uma dimensão de conscientização e sensibilidade.

O avanço e a maturidade do Afropunk Brasil

Uma das idealizadoras do Afropunk, Ana Amélia, destacou o desenvolvimento do festival e o vínculo profundo que se estabeleceu com o público. “Esta edição foi, sem dúvida, a maior e a mais amadurecida de todas. O esforço contínuo permitiu a atração de importantes marcas parceiras. Mais do que nunca, o público é a verdadeira estrela desta celebração, presente e engajado, vivenciando o projeto com entusiasmo”, afirmou Ana, ressaltando ainda o protagonismo feminino negro na liderança do festival.

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Desta forma, o Afropunk Brasil encerrou sua quarta edição em Salvador, consolidando-se como um poderoso encontro de resistência e orgulho, em uma celebração que transcende a música e reafirma a importância da representatividade negra no Brasil.

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