Alok, um dos maiores nomes da música eletrônica mundial, cumpriu com maestria a promessa de realizar uma apresentação inesquecível no último dia do Tomorrowland Brasil, realizado neste domingo (13). Antecipando o mistério em uma publicação nas redes sociais, o DJ havia prometido transformar a edição de 2024 em um marco histórico. E, de fato, Alok entregou um espetáculo inovador ao inaugurar a primeira apresentação de drones na trajetória do festival belga, uma estreia de proporções grandiosas e emocionantes.
A grandiosidade do espetáculo de drones e a estética do Tomorrowland
Em entrevista ao Multishow, Alok revelou detalhes sobre a concepção deste momento único. A apresentação de drones foi idealizado em parceria com a organização do Tomorrowland e projetado para se alinhar esteticamente com a identidade visual do festival. “Co-criamos [o show de drones] com o Tomorrowland, e isso está diretamente relacionado à estética do evento. Além disso, essa inovação sinaliza o interesse do festival em permanecer no Brasil nos próximos anos, trazendo não apenas a essência da Bélgica, mas também novas criações”, explicou Alok. Durante a apresentação, o céu foi iluminado com figuras icônicas, incluindo a borboleta símbolo do Tomorrowland, a inicial de seu nome e uma homenagem ao Brasil, em uma fusão sublime de luzes e sons.
Um retorno às origens musicais: faixas nostálgicas e sucessos consagrados
Além da inovação visual, Alok surpreendeu seus admiradores ao retornar às suas raízes musicais. Durante o repertório musical, ele incluiu faixas de sua trajetória inicial, atendendo aos pedidos de seus admiradores mais nostálgicos. “Vós pedistes, e estou fazendo um repertório especialmente voltado às minhas origens”, anunciou ele, conectando o presente ao passado e proporcionando uma experiência emotiva aos presentes.
A força de um projeto social: a colaboração com os povos autóctones
Após o encerramento de sua aclamada apresentação, Alok concedeu uma entrevista ao gshow, onde abordou seu mais recente projeto musical, desenvolvido em parceria com músicos povos autóctones, que tem como objetivo exaltar a relevância e as questões dos povos autóctones. Questionado sobre possíveis retaliações em decorrência de seu posicionamento social, o DJ foi enfático: “Sim, houve um receio inicial, mas, quando comecei este projeto, não o fiz com a intenção de levantar uma bandeira política. Fiz porque me lembro que eles disseram: ‘Gritamos, gritamos, e ninguém nos ouve’. Então pensei que, através da música, eles talvez pudessem ser ouvidos, assim como eu os conheci.”
Reconhecimento e impacto: Grammy Latino e a causa autóctone
A colaboração entre Alok e os músicos autóctones rendeu ao projeto duas indicações ao Grammy Latino. No entanto, mais do que o reconhecimento artístico, a parceria trouxe à luz as dores e as lutas enfrentadas por essas comunidades. “Eu comecei a entender todas as dores que estavam por trás. […] Acho incrível que um projeto como esse seja indicado ao Grammy, pois é um veículo para que eles cheguem lá e, se vencerem, possam transmitir ao mundo a mensagem que desejam compartilhar”, concluiu o DJ.
A iniciativa de Alok não apenas sublinha seu talento musical, mas também demonstra seu compromisso em utilizar a arte como ferramenta de transformação social, ampliando a visibilidade e a voz dos povos originários em uma escala global.