A aprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) registrou queda entre católicos e evangélicos, segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira (14). O levantamento indica que Lula ainda mantém sua melhor avaliação entre os católicos, mas o índice recuou 14 pontos percentuais em relação à pesquisa anterior, realizada em dezembro de 2024. Já entre os evangélicos, a queda foi de cinco pontos.
Queda na aprovação entre religiosos
De acordo com os números do Datafolha, a aprovação do presidente entre os católicos caiu de 42% para 28%. No caso dos evangélicos, o índice passou de 26% para 21%. A pesquisa ouviu 2.007 brasileiros em 113 cidades entre os dias 10 e 11 de junho, com margem de erro de três pontos percentuais entre os católicos e seis pontos entre os evangélicos.
Confira os dados do levantamento:
- Católicos: 28% de aprovação (42% em dezembro)
- Evangélicos: 21% de aprovação (26% em dezembro)
A queda na avaliação do governo entre grupos religiosos pode indicar desafios para a estratégia de comunicação e articulação do Palácio do Planalto com esses segmentos da sociedade.
Índice de aprovação atinge recorde negativo
Além da variação entre religiosos, o levantamento revela que o governo Lula registrou o menor índice de aprovação desde o início do atual mandato, com 24% de avaliação positiva. Esse número representa uma queda de 11 pontos percentuais em relação à pesquisa de dezembro, que apontava 35% de aprovação.
Essa é a pior marca já registrada pelo presidente em seus três mandatos (2003-2006, 2007-2010 e 2023-presente). Antes disso, o menor índice de aprovação ocorreu em 2005, durante as revelações do escândalo do Mensalão, quando a gestão petista obteve 28% de avaliação positiva.
No atual mandato, iniciado em 2023, o recorde negativo anterior havia sido os 35% registrados em dezembro de 2024, índice também apontado em pesquisas realizadas em março e agosto do mesmo ano.
Cenário político e impacto nas eleições
A queda na aprovação de Lula pode influenciar o cenário político nos próximos meses, especialmente em um momento de articulação para as eleições municipais. A base governista busca ampliar alianças e consolidar apoio em diferentes setores da sociedade, enquanto a oposição tenta capitalizar os índices negativos da pesquisa para fortalecer candidaturas em diversas cidades.
Com a proximidade do segundo semestre, a resposta do governo diante desse cenário pode ser determinante para reverter a tendência de queda e recuperar a popularidade entre eleitores estratégicos.
