Desde a auspiciosa estreia de “COWBOY CARTER” em 29 de março, Beyoncé optou por uma postura de reserva, reminiscente mente evocando a ‘mercadologia de sumiço’ que igualmente permeou a era “RENAISSANCE” em 2022. Este prolongado afastamento dos refletores e da esfera pública exacerbou a curiosidade e fomentou a ânsia dos aficionados por materiais visuais e a prospectiva de uma turnê. Três meses após a entrega deste opus, a diva pop compartilhou suas cogitações sobre o desempenho do álbum, seu impacto nos indicadores e a relevância de projetar luz sobre os artistas negros no domínio do country.
Uma Nova Perspectiva Sobre o Êxito
Em uma entrevista ao The Hollywood Reporter, divulgada nesta quinta-feira (20), Beyoncé articulou sua plenitude com o impacto cultural de “COWBOY CARTER”, sublinhando o significado intrínseco e a finalidade do projeto. A cantora revelou uma transformação de foco ao abordar sua relação com as métricas de sucesso convencionais, como níveis e vendas.
“Houve uma época em minha vida em que os indicadores e as vendas me estimulavam e motivavam. Após desafiar-se e impregnar cada grama da sua existência, sua dor, seu crescimento e seus sonhos na sua arte, torna-se inviável retroceder. Estou imensamente grata e honrada pelo extraordinário sucesso do novo álbum”, refletiu Queen B.
Recepção e Desempenho Comercial
Embora “COWBOY CARTER” tenha iniciado no ápice da Billboard 200 com 407 mil unidades vendidas na semana inaugural, tanto os admiradores quanto o mercado musical observaram que o álbum não reverberou com a mesma intensidade estrondosa de “RENAISSANCE”. A faixa “TEXAS HOLD ‘EM” emergiu como o destaque preeminente do projeto, acumulando mais de 437 milhões de reproduções no Spotify e liderando a Billboard Hot 100 por duas semanas sucessivas.
Desafios e Conquistas no Âmbito do Country
Beyoncé também dissertou sobre a significância de ampliar os horizontes musicais, especialmente para um artista negro, e os desafios inerentes ao se aventurar no gênero country. “Tenho a honra de apresentar a tantas pessoas as raízes de diversos gêneros. Estou tão emocionada que meus admiradores depositaram confiança em mim. Aqueles que buscam controlar a indústria musical não estão satisfeitos com a ideia de flexibilizar gêneros, especialmente proveniente de um artista negro e, definitivamente, não de uma mulher”, ponderou a cantora.
Reflexões Finais
A entrevista de Beyoncé ao The Hollywood Reporter proporciona um vislumbre da maturidade artística e pessoal da cantora, evidenciando sua busca incessante por propósito e impacto cultural além das cifras e posições nos rankings. A abordagem audaciosa de “COWBOY CARTER” reflete não apenas uma exploração musical, mas um manifesto de resistência e visibilidade em uma indústria tradicionalmente restritiva.
Por: Renan Augusto de Oliveira