Brasil se retira do Plenário da ONU em protesto contra Netanyahu

A decisão foi motivada pela guerra entre Israel e Hamas, que já dura quase um ano, e pelos bombardeios em Gaza e no Líbano, que resultaram em milhares de mortes, incluindo dois brasileiros
Brasil se retira do Plenário da ONU em protesto contra Netanyahu
Brasil se retira do Plenário da ONU em protesto contra Netanyahu. Divulgação/Instagram/@antonioguterres

Na Assembleia Geral da ONU, o Brasil demonstrou sua posição em relação ao atual conflito no Oriente Médio ao se retirar do auditório antes do discurso do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. A decisão, segundo fontes diplomáticas, partiu do Itamaraty e ocorreu antes que outras delegações, principalmente de países árabes, também abandonassem o plenário.

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O ato de retirada foi uma forma de protesto em resposta à guerra entre Israel e Hamas, que já dura quase um ano. Recentemente, Israel intensificou os bombardeios na Faixa de Gaza e começou ataques no Líbano, resultando em mais de 700 mortes. A decisão do governo brasileiro foi motivada pela morte de dois cidadãos brasileiros em ataques no Líbano e pela crise humanitária em Gaza, que já ceifou a vida de mais de 40 mil pessoas, incluindo muitas crianças e mulheres.

A saída da delegação brasileira ocorreu de maneira discreta, uma estratégia comum na diplomacia para expressar descontentamento sem causar um grande alvoroço. O Itamaraty reafirmou que a retirada foi uma ação deliberada, alinhada com a posição do governo brasileiro sobre “resposta desproporcional de Israel” aos recentes ataques do Hamas. Durante a sessão, a comitiva brasileira já havia comparecido ao discurso do presidente da Autoridade Nacional da Palestina, Mahmoud Abbas, evidenciando o apoio do Brasil ao reconhecimento da Palestina como Estado.

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A crise humanitária e o êxodo no Líbano

A escalada do conflito provocou um êxodo sem precedentes no Líbano, onde mais de 30 mil pessoas fugiram para a Síria em apenas três dias. As condições humanitárias deterioraram-se rapidamente, levando o ACNUR a destacar a urgência da situação. O Itamaraty já iniciou consultas com cidadãos brasileiros no Líbano para avaliar a repatriação de brasileiros no país.

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O ato da delegação brasileira na ONU não é apenas uma resposta ao discurso de Netanyahu, mas reflete uma posição mais ampla do governo brasileiro em relação aos eventos no Oriente Médio.

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A história entre Brasil e Israel se torna cada vez mais complexa. (Foto: Divulgação/Instagram/@b.netanyahu

A história entre Brasil e Israel se torna cada vez mais complexa, especialmente após declarações polêmicas do presidente Lula, que foram consideradas ofensivas por Tel Aviv. Com a escalada do conflito e as vidas em jogo, o Brasil se posiciona, demonstrando solidariedade às vítimas e à necessidade urgente de um diálogo que leve à paz na região.

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A Assembleia Geral da ONU continua a ser um palco vital para discussões sobre a paz e a segurança global, e a participação ou retirada de países como o Brasil pode ter repercussões significativas nas relações internacionais.

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