Casos de leptospirose aumentam mortes no Rio Grande do Sul

Enchentes já provocaram 24 mortes por leptospirose e 6.115 casos suspeitos foram notificados no Rio Grande do Sul
Enchentes causam leptospirose no RS
Mortes por leptospirose aumentam para 24 em razão das enchentes/Reprodução/ Instagram/ @governo_rs

As enchentes no Rio Grande do Sul além de causar estragos, desabrigados e destruição pelo estado, trouxe também um problema muito maior: a contaminação e as mortes por leptospirose. O número de mortes aumentou para 24 e, de acordo com o informe epidemiológico divulgado nesta quarta-feira (26/06), as duas vítimas moravam nos municípios de Alvorada e Capela de Santana, segundo informações da Secretaria Estadual de Saúde (SES). Ainda neste mesmo âmbito, cinco óbitos estão sendo investigados.

Foram notificadas 6.115 suspeitas da doença desde o início da tragédia que atingiu o estado do Rio Grande do Sul em maio deste ano onde 478, o que equivale a 7,8% dos casos notificados, são positivos. As duas mortes que ocorreram esta semana, conforme matéria do Leouve, são de dois homens de 27 anos que tiveram exposição diretas às águas contaminadas das enchentes.

Porto Alegre possui 4 casos fatais, e vem acompanhadas por Alvorada com 2 casos, Novo Hamburgo também com 2 casos e outras localidades também possuem casos, que podem aumentar, se as águas não escoarem totalmente. Dessa forma, Alecrim, Capela de Santana, Pelotas, Charqueadas, Rio Grande, Igrejinha, São Leopoldo, Guaíba, Cachoeirinha, Encantado, Viamão e Canoas são as outras regiões que possuem casos da doença.

Sintomas e Transmissão

Segundo FIOCRUZ (Fundação Oswaldo Cruz), a doença bacteriana leptospirose tem como causador bactérias do gênero Leptospira ssp. que ataca pessoas e animais, que tem contato com águas contaminadas por urinas de ratos e outros animais.

Outros animais, como ovelhas, bois, cavalos, porcos, cabras e cães, também podem ser infectados pela doença, tornando-se fontes de transmissão da leptospirose para os seres humanos.

A forma grave da doença se manifesta com o aparecimento de icterícia, caracterizado pela pele e mucosas amareladas. Isso acontece devido à insuficiência hepática, sintomas hemorrágicos, como equimoses, sangramentos no nariz, gengivas e pulmões, e problemas nos rins.

A condição pode progredir para o coma e, em cerca de 10% dos casos graves, levar à morte. Os primeiros sintomas aparecem entre dois e 30 dias após a exposição à contaminação, sendo mais comum o surgimento entre sete e 14 dias.

Geralmente, o contato com a água ou lama de enchentes contaminadas com urina de animais portadores, sobretudo os ratos, são os principais contatos de transmissão.

Leptospira no corpo, através da pele, é facilitada pela presença de algum ferimento ou arranhão. Pode ser transmitida por ingestão de água ou alimentos contaminados.

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