Na última sexta-feira (9), durante um comício em Montana, o ex-presidente dos Estados Unidos e atual candidato à presidência, Donald Trump, fez uso da icônica música “My Heart Will Go On”, interpretada por Céline Dion. No entanto, a cantora expressou seu desagrado em relação a essa escolha através de um comunicado publicado em suas redes sociais no sábado (10).
O comunicado de repúdio
Em sua declaração, Dion enfatizou que nem ela, nem a Sony Music, gravadora que detém os direitos sobre a faixa, concederam qualquer tipo de autorização para o uso da música em questão. De maneira irônica, a cantora questionou a escolha de Trump ao comentar: “Sério, ESSA música?”.
Today, Celine Dion’s management team and her record label, Sony Music Entertainment Canada Inc., became aware of the unauthorized usage of the video, recording, musical performance, and likeness of Celine Dion singing “My Heart Will Go On” at a Donald Trump / JD Vance campaign… pic.twitter.com/28CYLFvgER
— Celine Dion (@celinedion) August 10, 2024
O comunicado oficial de Dion e de sua equipe de gestão destacou: “Hoje, a equipe de gestão de Celine Dion e sua gravadora, Sony Music Entertainment Canada Inc., tomaram conhecimento do uso não autorizado do vídeo, gravação, performance musical e imagem de Celine Dion cantando ‘My Heart Will Go On'”. A nota ainda reforça que “de forma alguma este uso é autorizado e Céline Dion não endossa este ou qualquer uso similar”.
A relação da música com o filme Titanic
“My Heart Will Go On” é uma faixa mundialmente reconhecida, frequentemente associada à trágica cena do naufrágio no filme “Titanic”. A escolha da música para um comício político foi vista como inadequada, o que gerou a reação negativa por parte da cantora.
Reincidência na campanha de Trump
Este episódio não é isolado na trajetória política de Donald Trump. Durante a última eleição, ele já havia sido alvo de críticas de diversos artistas, como os Rolling Stones, Rihanna e Axl Rose, por utilizar suas canções sem a devida autorização. Um caso notável envolveu o músico Neil Young, que chegou a processar Trump por uso indevido de sua música.
A reação de Céline Dion ressalta a importância do respeito aos direitos autorais e ao contexto em que uma obra artística é utilizada, especialmente em arenas tão sensíveis quanto a política.