Na última sexta-feira (9), durante um comício em Montana, o ex-presidente dos Estados Unidos e atual candidato à presidência, Donald Trump, fez uso da icônica música “My Heart Will Go On”, interpretada por Céline Dion. No entanto, a cantora expressou seu desagrado em relação a essa escolha através de um comunicado publicado em suas redes sociais no sábado (10).
O comunicado de repúdio
Em sua declaração, Dion enfatizou que nem ela, nem a Sony Music, gravadora que detém os direitos sobre a faixa, concederam qualquer tipo de autorização para o uso da música em questão. De maneira irônica, a cantora questionou a escolha de Trump ao comentar: “Sério, ESSA música?”.
O comunicado oficial de Dion e de sua equipe de gestão destacou: “Hoje, a equipe de gestão de Celine Dion e sua gravadora, Sony Music Entertainment Canada Inc., tomaram conhecimento do uso não autorizado do vídeo, gravação, performance musical e imagem de Celine Dion cantando ‘My Heart Will Go On'”. A nota ainda reforça que “de forma alguma este uso é autorizado e Céline Dion não endossa este ou qualquer uso similar”.
A relação da música com o filme Titanic
“My Heart Will Go On” é uma faixa mundialmente reconhecida, frequentemente associada à trágica cena do naufrágio no filme “Titanic”. A escolha da música para um comício político foi vista como inadequada, o que gerou a reação negativa por parte da cantora.
Reincidência na campanha de Trump
Este episódio não é isolado na trajetória política de Donald Trump. Durante a última eleição, ele já havia sido alvo de críticas de diversos artistas, como os Rolling Stones, Rihanna e Axl Rose, por utilizar suas canções sem a devida autorização. Um caso notável envolveu o músico Neil Young, que chegou a processar Trump por uso indevido de sua música.
A reação de Céline Dion ressalta a importância do respeito aos direitos autorais e ao contexto em que uma obra artística é utilizada, especialmente em arenas tão sensíveis quanto a política.