Fortes chuvas em Pernambuco mostram tendência nacional

Cidades pernambucanas enfrentam alto volume de chuvas nas últimas horas, fenômeno cada vez mais recorrente no Brasil
Pingos de chuva caindo em uma poça de água formada no asfalto
Fortes chuvas em Pernambuco mostram tendência nacional. Reprodução/Pexels/@VladChețan

Desde a tarde da quarta-feira (14) até a madrugada desta quinta-feira (15), fortes chuvas atingiram o Grande Recife e o litoral de Pernambuco, causando transtornos e colocando diversas cidades em estado de atenção.

A Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) emitiu alertas de chuva com intensidade moderada a forte para a Região Metropolitana do Recife, a Zona da Mata Norte e a Zona da Mata Sul, válidos para esta quinta-feira (15).

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) também emitiu um alerta de “Perigo Potencial” para várias cidades pernambucanas, com previsão de volumes de chuva variando entre 30 e 60 milímetros, ou até mesmo entre 50 e 100 milímetros por dia, há risco de ocorrência de alagamentos, deslizamentos de encostas e transbordamentos de rios.

Consequências da chuva em Pernambuco

As intensas precipitações resultaram em diversos pontos de alagamento na Região Metropolitana do Recife, incluindo bairros como Imbiribeira, Campina do Barreto, Nova Descoberta, Beberibe, Arruda, Água Fria e Casa Forte, no Recife, e áreas como Piedade, Prazeres, Candeias, Barra de Jangada, Cajueiro Seco e Curcurana, em Jaboatão dos Guararapes.

Fortes chuvas em Pernambuco mostram tendência nacional
Chuvas fortes atingiram Grande Recife e litoral de Pernambuco nas últimas horas. (Foto: reprodução/Pexels/@JoshSorenson)

A Prefeitura do Recife recomenda que a população evite sair de casa sem necessidade e comunica que as equipes da Defesa Civil estão acompanhando de perto e realizando ações nas áreas de morro. Em Jaboatão dos Guararapes, a Defesa Civil registrou dois deslizamentos de barreira sem vítimas e 35 ocorrências relacionadas às chuvas.

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Assim, a previsão da Apac indica a continuidade de pancadas de chuva ao longo desta quinta-feira (15), com intensidade moderada (pontualmente forte) na RMR, na Zona da Mata Norte e na Zona da Mata Sul. Para o Agreste e o Sertão do estado, a previsão é de um dia nublado, sem chuva.

As autoridades recomendam que a população evite áreas alagadas e com risco de deslizamento, desligue aparelhos elétricos em caso de inundações e acompanhe os alertas oficiais da Apac (telefone 0800 282 2881) e da Defesa Civil (telefone 199) e do Corpo de Bombeiros (telefone 193) em caso de emergência.

Ocorrência de temporais no Brasil

Contudo, a situação crítica em Pernambuco não é um evento isolado no cenário brasileiro. Nos últimos anos, o país tem testemunhado um aumento na frequência e na intensidade de eventos climáticos extremos, com temporais se tornando cada vez mais destrutivos em diversas regiões.

As inundações históricas que devastaram o Rio Grande do Sul em maio de 2024 são um exemplo emblemático dessa tendência. Aquele desastre, que causou perdas irreparáveis e um rastro de destruição, ecoa em outros episódios de chuvas intensas que atingiram o Brasil, como os temporais que castigaram a Bahia no final de 2021 e no início de 2022, e as fortes chuvas que causaram deslizamento no litoral paulistas em 2023.

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Outros estados brasileiros também sofreram com chuvas fortes nos últimos anos. (Vídeo: reprodução/YouTube/Paulo Jubilut)

Essa recorrência de temporais severos não é aleatória; está intrinsecamente ligada às mudanças climáticas, que intensificam os fenômenos meteorológicos e tornam os eventos extremos mais prováveis e potentes. O aumento da temperatura global altera os padrões de circulação atmosférica e oceânica, resultando em eventos de chuva mais concentrados e volumosos em curtos períodos de tempo.

Além disso, fatores como o desmatamento, a urbanização desordenada e a falta de planejamento territorial adequado contribuem para aumentar a vulnerabilidade das cidades e das populações aos impactos desses eventos. A impermeabilização do solo pela expansão urbana dificulta a absorção da água da chuva, elevando o risco de alagamentos, enquanto a ocupação de áreas de risco, como encostas e margens de rios, coloca um número crescente de pessoas em perigo.

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