Nesta quinta-feira (3), estreia nos cinemas “Coringa: Delírio a Dois“, estrelado por Joaquin Phoenix e Lady Gaga. Apesar das grandes expectativas em torno da sequência do aclamado filme de 2019, o longa recebeu apenas 47% de aprovação da crítica especializada. Phoenix retorna como Arthur Fleck, o Coringa, enquanto Lady Gaga assume o papel de Harley Quinn, em um musical psicológico que traz uma abordagem diferente ao universo sombrio do personagem.
A divisão das críticas
O filme, dirigido novamente por Todd Phillips, trouxe altas expectativas após o sucesso avassalador do primeiro “Coringa“, que não apenas rendeu a Phoenix um Oscar, mas também gerou mais de um bilhão de dólares em bilheteria mundial. Agora, Folie à Deux adota uma narrativa mais ousada e experimental, introduzindo elementos musicais e explorando o relacionamento entre Arthur e Harley, o que foi recebido de forma mista pelos críticos.
Enquanto alguns elogiaram as atuações intensas e a química entre Phoenix e Gaga, outros apontaram falhas no roteiro e uma estrutura narrativa desconexa. “É uma produção visualmente impressionante, mas a história perde sua força ao tentar misturar gêneros sem uma coesão clara”, declarou uma crítica publicada no The Hollywood Reporter.
O que explica a diferença de recepção?
A mudança de direção artística parece ser o principal ponto de divergência entre os dois filmes. “Coringa” (2019) foi um thriller psicológico intenso, focado na construção de personagem, enquanto Delírio a Dois tentou mesclar essa profundidade com uma visão mais lúdica e musical. Esse contraste surpreendeu muitos fãs que esperavam uma continuidade direta do tom sombrio, e a crítica especializada não poupou o filme das comparações, muitas vezes desfavoráveis.
Além disso, Lady Gaga, que interpreta Harley Quinn, foi outro fator polarizador. Embora sua atuação tenha sido elogiada por alguns, outros críticos e fãs consideraram que a introdução de uma personagem como Harley e o tom musical não se encaixaram bem na estética proposta anteriormente.
Comparação das notas entre as duas produções
Desde sua estreia em 2019, “Coringa“, dirigido por Todd Phillips e estrelado por Joaquin Phoenix, se tornou um sucesso de bilheteria e crítica, rendendo a Phoenix o Oscar de Melhor Ator. Agora, com a sequência “Coringa 2: Folie à Deux“, a recepção crítica foi mais dividida.
Comparação das notas:
- Coringa (2019):
- Críticos: 69% (Rotten Tomatoes)
- Público: 88%
- Coringa: Delírio a Dois (2024):
- Críticos: 47% (Rotten Tomatoes)
- Público: Ainda em atualização, com tendência inferior ao primeiro filme
O primeiro filme foi aclamado tanto pela crítica quanto pelos fãs, conquistando uma avaliação de 69% no Rotten Tomatoes por parte dos críticos e uma aprovação massiva de 88% do público. O filme foi elogiado por sua narrativa sombria e realista, com Phoenix entregando uma performance transformadora que retratava a complexidade psicológica de Arthur Fleck, um homem marginalizado que se transforma no icônico vilão da DC.
Por outro lado, “Coringa: Delírio a Dois“, tem enfrentado uma recepção mais crítica. Atualmente, o filme detém apenas 47% de aprovação no Rotten Tomatoes, uma queda significativa em relação ao primeiro filme. A decisão de incluir elementos musicais e a mudança de tom para algo mais fantasioso dividiu opiniões. Enquanto alguns críticos elogiaram a ousadia da narrativa e as performances de Phoenix e Lady Gaga, outros consideraram o filme uma desconexão em relação à atmosfera sombria e realista que definiu o sucesso do original.
O futuro da franquia
Com uma aprovação crítica de apenas 47%, o longa já começou sua trajetória de forma polêmica, mas a força das atuações principais e o prestígio construído pelo primeiro filme podem sustentar a produção nas próximas semanas. Agora, resta saber se o público geral, que começa a lotar os cinemas a partir de hoje, vai abraçar essa nova visão de Arthur Fleck e Harley Quinn ou se as divisões serão tão marcantes quanto as avaliações da crítica.
O impacto de “Delírio a Dois” na bilheteria e entre os fãs será observado com atenção nas próximas semanas.
