Eduardo Bolsonaro oficializa pedido de afastamento de cargo

Eduardo Bolsonaro oficializou o pedido de afastamento do cargo político por 120 dias. Quem assume seu lugar é o Missionário Olimpio
Eduardo Bolsonaro oficializa pedido de afastamento de cargo
Eduardo Bolsonaro oficializa pedido de afastamento de cargo. Reprodução/Facebook/@eduardobolsonaro

O deputado federal Eduardo Bolsonaro apresentou seu pedido formal de licença da Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (20). No início da semana, o político já tinha anunciado essa decisão nas redes, porém o pedido formal ainda não havia sido protocolado.

O afastamento será por um total de 122 dias, dividido em duas etapas: dois dias de licença para tratamento de saúde e 120 dias de licença para tratar de interesse particular. Vale lembrar que o Regimento Interno da Câmara dos Deputados permite licenças em razão de:

  • Desempenhar missão temporária de caráter diplomático ou cultural;
  • Tratamento de saúde;
  • Assumir outro cargo público;
  • Licença maternidade e paternidade;
  • Tratar de interesse particular, porém, sem remuneração.

Como a licença tem o objetivo de tratar de assuntos particulares, Bolsonaro não terá sua remuneração, R$ 46 mil mensais, durante o período afastado. No site da Câmara, Bolsonaro já aparece com a tarjeta de “não está em exercício”.

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Eduardo Bolsonaro já aparece foram de exercício no site da Câmara. (Foto: reprodução/Site Câmara dos Deputados)

Qual o motivo do afastamento?

O pedido de licença ocorreu uma semana antes do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) que pode tornar o seu pai, Jair Bolsonaro, réu por participação em trama para impedir Lula de assumir o poder após as eleições de 2022. 

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O ex-presidente é acusado de cinco crimes relacionados à trama golpista: tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano contra patrimônio da União, deterioração de patrimônio tombado e participação em organização criminosa.

No anúncio da licença, Eduardo Bolsonaro teceu críticas ao ministro do STF Alexandre de Moraes, relator do inquérito que investiga o ex-presidente. O deputado federal afirmou que tem medo de ser preso, porém, ele não é alvo da investigação em questão. O político também disse que pretende “buscar sanções” contra Moraes e outras autoridades do Judiciário.

Eduardo Bolsonaro oficializa pedido de afastamento. (Vídeo: Reprodução/YouTube/Metrópoles).

Quem ficará no seu lugar?

No caso de afastamentos da Câmara que superem 120 dias, é obrigatório que o suplente assuma o cargo. A regra de suplência para deputados e senadores define que os suplentes são os candidatos mais bem votados do partido ou da coligação depois daqueles que foram eleitos.

O primeiro suplente do PL, partido de Bolsonaro, em São Paulo, é Adilson Barroso. No entanto, Adilson não poderá assumir, pois já está em exercício no lugar de Guilherme Derrite (PL), atual secretário de Segurança Pública de São Paulo. Assim, o deputado, durante o afastamento, será o Missionário José Olímpio, o segundo parlamentar mais votado, com cerca de 61 mil votos.

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