Uma discussão acabou acontecendo no embate entre Pablo Marçal e Guilherme Boulos (Psol), onde José Luiz Datena, ao se incomodar muito com a situação, acabou tomando as dores do candidato do Psol. No momento de suas falas, até mais ácidas em relação ao Marçal, Datena movimenta-se no Púlpito do debate e, Marçal provoca: “Vem cá”.
Usando palavras como “fascista” e “vagabundo”, o tucano perdeu seu direito de resposta concedida pela emissora, sendo formalmente advertido pela mediadora Denise Campos de Toledo. Nesta troca de xingamentos, a organização do debate advertiu o candidato do PSDB
Todo este desentendimento aconteceu no terceiro bloco, após Pablo Marçal (PRTB) ter provocado Datena ao dizer que ele o ligaria no primeiro dia de eleição “pedindo desculpas”.
Em uma de suas falas, Marçal disse que “Datena quer combater o crime organizado, mas fica só com o “TP”, teleprompter lá, mas nunca fez nada.”, pois, de acordo com sua visão, ele entendia que por ser playboy, multimilionário, ele não entendia o que o eleitor estava vivendo.
As acusações entre Datena e Marçal continuaram durante o terceiro bloco
Pablo Marçal não parou por aí. Durante a sua fala, disse que Datena apenas fala mal do PCC e nada faz. Pelo teleprompeter chama todos de bandidos. Ainda afirmou que no dia 6 de outubro, ele vai ligar pedindo desculpas porque é um cara que precisa de contratos, segundo suas palavras.
Neste momento, Datena ameaça ir em direção a Marçal, mas pede o direito de reposta, e todo a confusão que se seguiu adiante, levou a mediadora Denise a chamar os seguranças. Datena retornou ao púlpito e, advertido formalmente pela mediadora, nem ele e nem Marçal tiveram o direito de falar qualquer coisa, pois seus microfones foram cortados.
Debate recheado de acusações e poucas ideias discutidas
Os cincos candidatos convidados pela emissora são os mais lembrados nas pesquisas de opinião de votos. O debate na TV Gazeta exibido neste domingo, 01/09, foi marcado por várias ofensas, troca de acusações e poucos momentos em que a cidade de São Paulo realmente fosse lembrada.
O prefeito atual, Ricardo Nunes, ficou as voltas em cutucar Pablo Marçal chamando-o de “Pablito”, o que foi prontamente respondido por Marçal o chamando de “bananinha”, que devolveu a ofensa num “tchutchuca do PCC”.
Nunes também não economizou suas palavras ao chamar Boulos de invasor, Marçal o chamou de “Boules”, que chamou Tabata de “Chatábata”, onde o Datena também teve o seu apelido como “fujão” e “ditador”.
A mediadora interferiu, pedindo para que os candidatos mantivessem o respeito no debate, que os referidos se chamassem pelos nomes, para que os pedidos de resposta não fossem tão aclamados a todo momento. No entanto, seus pedidos foram em vão, pois logo na sequência, Boulos chama Nunes de “ladrãozinho de creche”.
Temas como crime organizado, apesar de ganhar espaço no debate, não é uma atribuição da administração da prefeitura, mas entre os poucos temas que envolviam a cidade de São Paulo foi o mais discutido. Mas entre outras responsabilidades da prefeitura, esta não cabe, pois no que se diz respeito no caso, o que de fato é atribuição são atividades preventivas através das Guardas Civis Metropolitanas.
E mais confusão nos bastidores da emissora
José Anibal, vice na chapa de Datena, acabou entrando em confusão com um dos assessores de Pablo Marçal, Marcos Vidal. A assessoria do candidato do PRTB, em nota manifestada, ressaltou que houve, de fato, agressões verbais, pois durante entrevista, Aníbal teria gritado “bandido” e, em retruca “bandido é o senhor”.
A assessoria do candidato tucano também se manifestou por meio de assessoria, afirmando que o candidato Pablo Marçal debocha da democracia, pisa sobre a lei eleitoral, agredindo a todos e não possui qualquer regra de civilidade.