F1: McLaren encerra temporada na GP de Abu Dhabi com vitória histórica

No último GP do ano, Abu Dhabi trás grandes emoções com Lando Norris sendo implacável e trazendo título a McLaren que vence o campeonato dos construtores apesar de corrida fenomental de Charles Leclerc. E Carlos Sainz e Lewis Hamilton se despedem de suas equipes
F1: GP de Abu Dhabi encerra temporada com vitória histórica da McLaren
F1: GP de Abu Dhabi encerra temporada com vitória histórica da McLaren. Reprodução/X/@McLarenF1_News

O GP de Abu Dhabi, último capítulo da temporada, trouxe um espetáculo de altos e baixos neste domingo (8). O que parecia ser uma corrida previsível no sábado virou uma disputa cheia de surpresas logo na largada. Max Verstappen fez questão de ajudar a Ferrari e acertou Oscar Piastri, que estava pronto para protagonizar sua própria corrida, jogando o australiano para o fundo do pelotão.

Apesar disso, a McLaren celebrou um título histórico, graças a uma performance impecável de Lando Norris, que foi muito bem ao resistir à pressão da scuderia vermelha e liderar a equipe ao topo.

GP de Abu Dhabi
GP de Abu Dhabi. (Foto: reprodução/Instagram/@f1)

Norris lidera McLaren à glória em noite épica

McLaren voltou ao topo da Fórmula 1 com um título entre os Construtores em 2024, algo que não acontecia desde 1998, sob a liderança de Ron Dennis. Naquele tempo, Lando Norris nem havia nascido. Desde então, a equipe enfrentou altos e baixos, como a era de domínio da Ferrari com Michael Schumacher e, depois, as tensões entre Lewis Hamilton e Fernando Alonso. Apesar de momentos no centro do palco, a McLaren passou por um período difícil, quase desaparecendo. No entanto, uma virada estratégica e persistente culminou no tão aguardado título, conquistado em Abu Dhabi, marcando um renascimento digno de filme.

McLaren ganha campeonato de construtores no GP de Abu Dhabi
McLaren ganha campeonato de construtores no GP de Abu Dhabi. (Foto: reprodução/Instagram/@f1)

Com Piastri comprometido após o incidente, coube a Norris segurar as pontas. E surpreendentemente, o britânico não decepcionou. Em uma atuação sólida, largou bem e manteve o controle, mesmo sob constante pressão de Carlos Sainz, que deu adeus à Ferrari com estilo.

A noite foi ainda mais desafiadora com Charles Leclerc vindo de 19º para conquistar um impressionante terceiro lugar. Norris, no entanto, mostrou nervos de aço e garantiu a tão sonhada vitória para a McLaren, encerrando um longo jejum da equipe papaia.

Ferrari teve despedida de Sainz e espetáculo de Leclerc

A Ferrari precisava de um milagre para desafiar a McLaren no circuito que favorecia os rivais. E Charles Leclerc quase o fez: sua primeira volta foi de tirar o fôlego, ultrapassando cinco carros de uma só vez, sua última dança do ano foi excepcional, começando em P19 e terminando em P3, o monegasco fez o impossível para ajudar sua equipe a conquistar a vitória, mas infelizmente não foi o bastante com aquele carro.

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Enquanto isso, Carlos Sainz deu tudo de si para alcançar Norris em sua última vez pilotando uma Ferrari antes de ir pra Williams no próximo ano, mas o motor perdeu o ritmo e ficou a um passo atrás. Apesar disso, a escuderia italiana encerra o ano com um vice-campeonato merecido, mostrando grande evolução.

Hamilton se despede da Mercedes com classe e talento

Após um período conturbado, Lewis Hamilton encerrou sua jornada com a Mercedes de maneira emocionante. E em uma despedida pelo rádio após o maior campeão da história ter completado sua úlima volta, seu “pai” orgulhoso, aceitou a despedida e deixou o filho favorito voar:

“Nós te amamos e você sempre vai fazer parte dessa família. E, se não pudermos vencer, que seja você a vencer.” – Toto Wolff.

O heptacampeão, tal como seu futuro parceiro de equipe na Ferrari, escalou o pelotão com uma corrida de recuperação impecável, fruto de uma estratégia precisa que pareceu faltar o ano inteiro, e pilotagem magistral de sua parte. A ultrapassagem final sobre George Russell, claramente mais interessado em homenagear o companheiro, foi o momento simbólico de um adeus repleto de respeito e gratidão.

Toto não precisava ter dito nada“, falou George Russell rindo em recente entrevista, por conta do chefe ter pedido para que ele jogasse limpo com Lewis enquanto estavam disputando o quarto lugar no final da corrida.

Ele completa que Wolff sabe o quanto ele e Lewis se respeitam, sempre disputaram de forma dura, mas justa. O piloto da Mercedes diz que aprendeu muito com seu companheiro de equipe nesses três anos, tanto como piloto quanto como pessoa, finalizando: “Ele mereceu terminar na minha frente. Ele foi mais rápido durante todo o fim de semana.”

Lewis deixou a pista emocionado, se despediu do carro e de sua equipe por 12 anos, como ele mesmo disse, ele e a Mercedes começaram como um salto de fé e terminaram entrando pra história. A página oficial da Fórmula 1 publicou um post em especial pro nosso brasileiro honorário favorito.

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Lewis Hamilton alcançou diversos recordes históricos com a Mercedes, incluindo:

•   Mais vitórias com uma única equipe: 82.
•   Mais títulos mundiais com uma equipe: 6 (2014-2020).
•   Mais poles positions com uma equipe: 78.
•   Mais pódios com uma equipe: 147.
•   Temporadas consecutivas com vitórias: 15 (2007-2021).
•   Maior número de voltas lideradas na F1: 5.000+.
•   Domínio na era híbrida: Liderou a Mercedes em sete títulos de Construtores consecutivos (2014-2020).

Esses feitos consolidam seu casamento com a Mercedes como um dos mais bem-sucedidos da história da F1. Sabemos muito bem que o caminho não acabou, mas a história estará presente nos livros.

Verstappen falha na largada e quase estraga festa da McLaren

Max Verstappen começou a corrida com tudo, mas o otimismo exagerado lhe custou caro: colidiu com Piastri logo na largada e recebeu uma punição que comprometeu seu desempenho. O holandês terminou em sexto, longe do brilho que marcou sua temporada. Ainda assim, Verstappen segue como o piloto do ano, mas a Red Bull já precisa pensar em 2025, com um carro que precisa evoluir para continuar no topo.

Preciso mesmo falar de Checo Pérez? Seu parceiro de equipe proporcionou um momento de dar pena em sua última corrida — sendo possivelmente a última para ele —, e não concluiu a prova, assim como Franco Colapinto, que em seu último momento na F1, teve os motores da Williams decepcionando a equipe.

Gasly supera Hülkenberg e garante Alpine no G6

Na batalha do pelotão intermediário, Pierre Gasly venceu Nico Hülkenberg em uma disputa acirrada e garantiu o sexto lugar para a Alpine no Mundial de Construtores.

Foi um resultado importante para a equipe francesa, coroando a consistência de Gasly ao longo do ano. Mesmo em carros inferiores, tanto ele quanto Hülkenberg provaram ser os grandes destaques da “F1 B”.

A equipe deu um vexame ao dispensar Esteban Ocon na última corrida do ano, sem deixar que ele tivesse a despedida adequada apesar de ter pontuado e levado a equipe ao pódio no Brasil. Ocon foi substituído por Jack Doohan, que completou a última prova por ele e ficará no seu lugar no próximo ano.

Resumo da temporada

O GP de Abu Dhabi encerra uma temporada de altos e baixos, com dramas, conquistas e despedidas. Para a McLaren, o título é um marco de renascimento. Para outros, como a Ferrari e a Mercedes, é um adeus agridoce. E enquanto pilotos como Norris e Verstappen já miram 2025, os fãs ficam com a memória de uma corrida final emocionante e cheia de histórias para contar, afinal foi um ano e tanto.

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