Na cidade que nunca dorme, a Fórmula 1 viveu uma sexta-feira de extremos. Enquanto as temperaturas gélidas em Las Vegas transformaram o asfalto completamente sujo em um desafio traiçoeiro, a Mercedes aproveitou o caos para mostrar sua força. De forma inesperada, Lewis Hamilton liderou ambas as sessões de treino livre, seguido por Lando Norris e George Russell, enquanto Max Verstappen teve um dia para esquecer, terminando em 17º no TL2.
A Mercedes é conhecida por se dar bem nas pistas frias, mas ninguém esperava que fosse tão bem assim. No entanto, apesar da liderança, a equipe de Brackley manteve os pés no chão. Toto Wolff, chefe da Mercedes, destacou o impacto das condições peculiares da pista:
“Acho que somos campeões de pista suja. O TL1 é sempre ótimo, mas, no momento em que a aderência entra em ação, vimos que o desempenho se deteriora. Dito isso, a diferença foi muito grande, a maior que vimos até agora no TL1. Precisamos nos preparar para amanhã, quando a pista estará mais emborrachada.”
Wolff também ressaltou que não espera uma vantagem tão grande na classificação:
“Não acredito que essa diferença para as outras equipes vá durar. Espero que possamos nos manter competitivos, mas é claro que os rivais trabalharão duro para recuperar terreno.”
Russell: “Os adversários estão se segurando”
O líder do sindicato dos pilotos, George Russell, que completou o dia em terceiro, compartilhou do otimismo cauteloso de Wolff. Ele acredita que os rivais, especialmente a Red Bull, podem estar escondendo o jogo: “A percepção de que estamos perdendo desempenho talvez não seja muito justa. Acho que nossos concorrentes estão se protegendo mais, gastando mais combustível e usando menos potência. Quando liberarem tudo, vão para suas posições normais. Mas hoje mostramos uma diferença substancial.”
Russell também destacou que a Mercedes parece finalmente ter encontrado consistência:
“Espero que possamos manter a boa forma. Depois de finais de semana difíceis, é bom estar na briga de novo.”
Hamilton celebra bom dia, mas mantém cautela
Lewis Hamilton, protagonista do dia, admitiu que a sexta-feira foi um refresco bem-vindo em uma temporada desafiadora: “Foi a primeira vez que tive um dia como esse este ano. O carro estava muito bom no TL1, mas no TL2 as coisas mudaram um pouco. Temos trabalho a fazer durante a noite.”
O heptacampeão, que havia declarado antes da corrida seu amor pelas Flechas de Prata e que continua “lutando por sua equipe”, demonstrou satisfação com o desempenho inicial, mas sabe que o desafio maior está por vir: “Ainda estou aqui, ainda empurrando. Quero dar o melhor para minha equipe nessas últimas corridas.”
Problemas na pista e drama no treino
Além do domínio da Mercedes, sem novidade nenhuma sobre o fato, a sessão foi marcada por uma bandeira vermelha causada por Alex Albon, cujo carro teve um problema na bomba de combustível. O incidente paralisou o treino, mas não impediu os pilotos de voltarem à pista para simulações de corrida no fim da sessão.
Com um sábado promissor pela frente, a Mercedes busca manter o ritmo, enquanto rivais como Red Bull e Ferrari trabalham para corrigir o curso. Apesar das expectativas, sugiro que não espere tanto da Mercedes já que tem sido difícil e o carro sempre dá um jeito de cometer erros, pelo menos, esse quentinho no coração pode ser animador para os fãs e com certeza pode ajudar toda a equipe, especialmente o Lewis fazendo suas últimas corridas com a equipe cujo ele vem nutrindo um relacionamento de muitos altos e alguns baixos, ao longo dos anos para eles. Em Las Vegas, onde tudo pode acontecer, o GP promete ser tão brilhante quanto as luzes da cidade.
