Franco Colapinto tem conquistado elogios com seu desempenho desde que assumiu o volante na Williams, substituindo Logan Sargeant. Sua velocidade e talento natural chamaram a atenção de muitos na Fórmula 1, com chefes de equipe impressionados pelo jovem argentino, mas seu futuro no time de Grove parece estar bloqueado pela recente contratação de Carlos Sainz, que se unirá a Alexander Albon.
Rumores de que Franco Colapinto já teria contrato assinado para substituir Checo Perez

Diante desse cenário, começaram a surgir rumores de que Colapinto possa não apenas ser considerado para um assento na Red Bull em 2025, como também já ter o contrato fechado, substituindo Sergio Pérez, cuja continuidade na equipe está cada vez mais incerta, por conta do mexicano não estar conseguindo acompanhar Max Verstappen e não ter rendido pontos à equipe em suas últimas corridas, incluindo uma perda infeliz em sua própria casa.
Apesar disso, a imprensa espanhola afirma sua permanência para o próximo ano. A maior arma de Perez para continuar na F1 é o seu bolso cheio de patrocinadores, o que para alguns será o único motivo de sua permanência em uma equipe como a Red Bull.
Outras especulações sugerem que Colapinto poderia formar uma dupla com Yuki Tsunoda ou Liam Lawson, dependendo de quem for promovido para enfrentar Max Verstappen. Apesar de alguns analistas já o projetarem como futuro parceiro direto do tricampeão holandês, um ex-piloto não acha que seja um boa ideia inicialmente.
Ex-piloto da F1 diz que seria um erro lever Colapinto direto pra Red Bull
No podcast da Sky F1, o ex-piloto Karun Chandhok elogiou o talento de Colapinto, mas também alertou sobre os riscos de uma transição precoce para a Red Bull: “Ele é claramente muito rápido e talentoso. Acho que todos, inclusive a Williams, ficaram surpresos com sua capacidade, já que ele tem mostrado mais consistência e desempenho do que se esperava com base em seu histórico nas categorias juniores”.
Chandhok, no entanto, pondera que uma chegada tão precoce à Red Bull pode ser arriscada para Colapinto, dadas as exigências intensas da equipe e o nível de competitividade de Verstappen. “Talvez ele se sinta mais confortável em um carro de F1, mas ainda assim acho que seria um erro colocá-lo na Red Bull. Se fosse para a RB [AlphaTauri], seria um passo sensato. Mas diretamente ao lado de Max? Isso pode arruiná-lo. Acho que seria muito cedo”, afirmou.

Para Chandhok, a equipe Red Bull pode considerar uma solução intermediária. Caso Sergio Pérez não melhore seu desempenho, uma troca com Lawson poderia trazer o jovem neozelandês para a Red Bull, enquanto Colapinto poderia entrar na RB ao lado de Tsunoda, o que permitiria ao argentino acumular experiência em um ambiente de menor pressão antes de enfrentar Verstappen. “Franco teve algumas atuações brilhantes, como em Singapura e Baku, mas ainda está ganhando experiência. Recentemente, vimos erros, como no México e no Brasil, onde quebrou o carro duas vezes, o que mostra que ainda não possui o pacote completo.”
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Chandhok finalizou dizendo que Colapinto e sua equipe de gerenciamento deveriam considerar o longo prazo e buscar o desenvolvimento gradual do piloto. Caso seja mantido na RB, ele teria a chance de amadurecer antes de um possível salto para a Red Bull. O histórico de Verstappen com seus companheiros, como Pierre Gasly, Daniel Ricciardo e Alexander Albon, que enfrentaram grandes desafios ao lado do holandês, serve como um aviso.
Franco Colapinto seria uma grande perda pra F1
Franco Colapinto tem mostrado um desempenho impecável para um novato na Fórmula 1, é de se esperar que seja o centro das atenções de alguns chefes de equipe com sua consistência e habilidade.

No entanto, seu desempenho mais baixo no Brasil teve razões que iam além de sua pilotagem: ele enfrentava o luto pela perda de seu avô, que faleceu na noite anterior à corrida, além de estar lidando com uma pista molhada pela primeira vez, sob forte chuva. Mesmo não sendo o único piloto com dificuldades nessas condições extremas, Colapinto recebeu aplausos ao sair do carro, demonstrando resiliência e maturidade em um momento desafiador para qualquer novato, carregando o amor do público.
A verdade é que, o argentino com seu estilo de pilotagem arrojado e a habilidade de surpreender nas pistas, está em ascensão, mas uma decisão cuidadosa será crucial para que ele não apenas entre, mas permaneça no topo da F1. É melhor entrar e rodar pelas vagas do que nunca ter a chance de estar lá dentro, na elite do automobilismo. Com tanto talento, foco, personalidade cativante e os inumeros colaboradores que o argentino tem nas mãos, ele seria um perda gigante pra Fórmula 1.