O governo federal estima que, caso a reforma do Imposto de Renda avance no Congresso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva encerrará seu mandato, tendo ampliado a isenção para quase 20 milhões de brasileiros. A projeção considera tanto os ajustes já realizados quanto a proposta de isentar contribuintes que ganham até R$ 5 mil por mês.
Ampliação da faixa de isenção
No início do atual governo, a isenção do Imposto de Renda contemplava apenas trabalhadores que recebiam até R$ 1.903,98 mensais — valor que estava congelado desde 2015. No entanto, um projeto de lei aprovado em 2023 elevou esse limite para dois salários mínimos, atualmente em R$ 3.036.
Segundo a Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco), antes das mudanças, aproximadamente 9,7 milhões de brasileiros eram isentos. Após a atualização da faixa, esse número subiu para 16,5 milhões. Com a aprovação da reforma do Imposto de Renda, o governo projeta que 26,1 milhões de pessoas estarão livres da tributação.
Reforma do Imposto de Renda e impactos econômicos

A proposta do governo ainda precisa passar pelo Congresso Nacional, mas, se aprovada, representará um alívio para milhões de contribuintes. A equipe econômica argumenta que a medida busca corrigir uma defasagem histórica na tabela do IR, além de beneficiar diretamente a classe média e os trabalhadores de menor renda.
Especialistas apontam que a elevação da isenção pode ter impactos no orçamento federal, reduzindo a arrecadação. Por outro lado, a medida pode impulsionar o consumo e aquecer a economia, ao deixar mais dinheiro disponível no bolso dos brasileiros.
Com a reforma do Imposto de Renda ainda em discussão, o governo segue apostando na proposta como um dos principais marcos econômicos da atual gestão, reforçando o compromisso de reduzir a carga tributária sobre os trabalhadores de menor renda.