Com força expressiva, o Furacão Beryl passou nesta segunda-feira (01/07), atingindo São Vicente e Granadinas. O furacão já famoso no sudeste do Caribe, passou por mais de dez ilhas, mas curiosamente, mostrou atípica truculência, cerca de 90% das casas na Ilha de União foram totalmente arrasadas pelo furacão de acordo com o primeiro-ministro, Ralph Gonçalves, de São Vicente e Granadinas. Até agora foi confirmado uma pessoa morta e há moradores desaparecidos.
No arquipélago de Granadinas, a Ilha de União é uma das ilhas que fazem parte da cadeia que compõe o território do país junto da maior ilha, São Vicente. Segundo Gonçaves, na Ilha de União, as casas foram “severamente danificadas ou totalmente destruídas”.
“O furacão veio e se foi e deixou em seu rastro uma imensa destruição”, disse o primeiro-ministro.
Ele provocou a morte de sete pessoas, segundo as autoridades dos locais atingidos: um em São Vicente, três em Granada, um em Granadinas e três na Venezuela.
A destruição foi uma das marcas do Furacão Beryl, no sudeste do Caribe. (Foto: reprodução / Instagram/@tribunadaimprensaoriginal)
Em Granada, primeiro-ministro diz “semelhante ao Armagedom”. No país caribenho Granada, onde o furacão Beryl passou, duas das três ilhas estão em um estado em situação “semelhante ao Armagedon”, palavras do primeiro-ministro, Dickon Mitchell. De acordo com ele, as estradas foram absolutamente destruídas e as cidades estão incomunicáveis. As ilhas mais impactadas foram as de Carriacou e Petite Martinique.
Ele explica o que está acontecendo na ilha: “Não há energia. Há uma destruição quase completa de casas e edifícios”, disse ele, citando estradas intransitáveis devido à queda de linhas de energia e à destruição de postos de combustível que prejudicam o abastecimento.” O primeiro-ministro ainda acrescenta que, “em meia hora, Carriacou foi devastada. Praticamente não temos comunicação com Carriacou há 12 horas”.
Pode-se afirmar que foi um fenômeno totalmente atípico
Primeiro furacão da temporada de 2024 no Atlântico, o Beryl tem início de junho e vai até final de novembro. Cientistas ressaltam que esta força é bem incomum e que este tipo de ciclone fique tão poderoso de maneira tão antecipada para a temporada. A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) dos Estados Unidos, prevê uma temporada extraordinária, com quatro a sete furacões com categoria na margem de 3 ou até mais. Fenômenos meteorológicos, incluindo furacões estão mais frequentes nos últimos anos, o que leva a pensar que são consequências das mudanças climáticas.
