A antecipação pelo novo álbum de Katy Perry, intitulado 143, tem gerado uma onda de críticas antes mesmo de seu lançamento, agendado para 20 de setembro. Em um recente artigo publicado pela revista GQ britânica, o disco, que já teve as canções “WOMAN’S WORLD” e “Lifetimes” revelados, foi descrito como um “anti-BRAT”, em uma comparação direta e provocativa com o estilo vibrante e inovador de Charli XCX. A revista tece uma análise incisiva sobre o estado atual da carreira de Perry, sugerindo que a cantora se encontra “presa em uma narrativa tóxica” e lidando com uma série de desacertos.
Uma narrativa de decadência: a era conturbada de Katy Perry
Segundo a GQ britânica, que teve acesso exclusivo a faixas inéditas de 143, Katy Perry parece estar enfrentando um período turbulento em sua carreira, marcado por decisões artísticas que não têm ressoado positivamente com o público e a crítica. A revista salienta que Perry está sendo vista como “decadente” e incapaz de competir com as estrelas pop contemporâneas, como Charli XCX e Sabrina Carpenter. Esta percepção, segundo a publicação, transforma Perry em uma “relíquia dos anos 2010”, uma figura que não se adapta às demandas e às tendências culturais atuais, especialmente nas dinâmicas das redes sociais.
A análise da GQ britânica também traz à tona a recente maré de críticas enfrentadas por Perry, incluindo a forma controversa como ela abordou a pauta feminista em “WOMAN’S WORLD” e a investigação ambiental em torno do videoclipe de “Lifetimes”. A revista sugere que esses eventos apenas reforçam uma narrativa negativa, que retrata Perry como uma artista “ricaça falida”, cuja relevância cultural está em declínio.
Comparação com Charli XCX: o brilho de uma nova geração
A GQ britânica traça um contraste evidente entre o momento atual de Katy Perry e o sucesso de Charli XCX, uma das figuras mais proeminentes da cena pop moderna. A revista observa que, enquanto Charli XCX desfruta de uma era de sucesso com seu estilo BRAT, caracterizado por sua ousadia e inovação, Perry parece estar em uma trajetória oposta, presa a uma imagem ultrapassada e lutando para se manter relevante. Esta comparação não apenas destaca a diferença de abordagem artística entre as duas cantoras, mas também a forma como as narrativas midiáticas podem elevar ou derrubar uma carreira.
A evolução de uma estrela: de “Teenage Dream” a “Smile”
A análise da GQ britânica explora o contraste entre dois momentos distintos na carreira de Katy Perry: o sucesso estrondoso de Teenage Dream (2010) e o desempenho morno de Smile (2020). A revista argumenta que, enquanto Teenage Dream capturou perfeitamente o espírito de sua época, consolidando Perry como uma das maiores estrelas pop de sua geração, Smile falhou em manter o mesmo nível de relevância e impacto. Essa comparação serve como um microcosmo da trajetória de Perry, sugerindo que ela não conseguiu se adaptar às mudanças culturais e estéticas que definem o cenário pop atual.
Conclusão: A força das narrativas na era digital
A GQ britânica conclui sua análise refletindo sobre o poder das narrativas na era digital, onde as percepções públicas podem ser moldadas e amplificadas por meio das redes sociais. A revista sugere que Perry, ao se posicionar no “coliseu da internet”, foi julgada negativamente, recebendo o “polegar para baixo” de um público que exige relevância e inovação constantes. Esta análise destaca não apenas os desafios enfrentados por Perry, mas também a natureza volátil da fama na era da viralidade online.
