Criada na icônica mansão de Graceland, Lisa Marie Presley, herdeira de Elvis Presley, deixou um legado que transcende o brilho da fama familiar. Falecida em 2023, aos 54 anos, a única filha do lendário Rei do Rock trabalhou, em parceria com sua filha, Riley Keough, em um livro que agora emerge como um testemunho profundo e íntimo de sua vida. A obra, finalizada por Riley após a morte de Lisa, traz detalhes reveladores sobre sua convivência com Elvis, marcada por momentos de afeto e tensão, reflexos da luta do pai contra o vício.
Lisa Marie Presley na infância
Ainda criança, Lisa Marie vivenciou as dualidades do amor paterno. Elvis, apesar de seus desafios pessoais, esforçava-se para estar presente. Um episódio emblemático foi sua aparição em uma reunião escolar de pais e professores, onde a simples presença do astro provocou comoção geral. Contudo, por trás do glamour, havia os sinais de fragilidade. “Ele estava lutando contra o vício, e a criança sente isso. Mas ele fazia o melhor que podia”, revela Riley, ecoando as palavras de sua mãe.
A tragédia veio cedo para Lisa. Antes de completar 10 anos, vivenciou o colapso de seu mundo quando, certa tarde, Elvis não despertou. O grito de desespero de seu avô naquela manhã tornou-se um marco indelével em sua memória, encerrando de forma abrupta a convivência com o pai.
Traumas e revelações: as marcas da vida adulta
O livro não se limita às lembranças do pai; ele também expõe as feridas de Lisa Marie. Entre as revelações, estão episódios de abusos físicos e sexuais que moldaram sua trajetória e deixaram marcas profundas. Apesar de carregar o peso dessas vivências, ela manteve sua força, usando a escrita como uma forma de enfrentamento e catarse.
O casamento com Michael Jackson também ganha espaço na narrativa. Lisa aborda, com detalhes, as complexidades da relação com o ícone pop, oferecendo um vislumbre íntimo de um dos casamentos mais controversos e midiáticos da história.
Um ciclo de luto e ressignificação
A morte de Lisa Marie, em 2023, levou sua filha Riley Keough a revisitar as memórias da mãe, assim como Lisa fez com os escritos de Elvis após sua partida. Em entrevista, Riley descreve o processo como um exercício de ressignificação do luto e da memória familiar. Ela destaca a profundidade emocional do texto deixado pela mãe, que, mesmo em meio às adversidades, buscava dar voz às suas experiências.