O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar o atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por suas declarações recentes sobre a Faixa de Gaza. Lula classificou as ações militares na região como genocídio e reiterou sua visão de que a paz só será alcançada com diálogo e solidariedade entre as partes envolvidas no conflito. O presidente brasileiro também questionou o impacto das declarações de Trump e fez uma crítica contundente à concentração de poder nas mãos de empresários que controlam a comunicação global.
Lula mencionou diretamente a proposta de Trump para transformar a Faixa de Gaza em uma “Riviera”, chamando-a de absurda e insensível. “O que nós estamos precisando é um pouco de humanismo, é um pouco de fraternidade, um pouco de solidariedade, um pouco de compreensão que somente com muita paz o mundo pode viver tranquilo”, afirmou o presidente.
Preocupação com o controle da comunicação mundial
Além das críticas às declarações de Trump, Lula expressou preocupação com a concentração de poder nas mãos de empresários que controlam grandes plataformas de comunicação e redes sociais. Para ele, esse monopólio é prejudicial à disseminação de informações equilibradas e imparciais. “Um empresário não pode ser dono da comunicação do mundo. Isso é perigoso. Quando você concentra o poder de informar nas mãos de poucos, a democracia está em risco”, alertou.
Essa declaração foi vista como uma referência às grandes empresas de tecnologia que dominam o fluxo de informações globais. Lula sugeriu que os governos precisam discutir formas de regulamentar esse setor para garantir que a comunicação seja mais democrática e acessível a todos os cidadãos.
Um apelo por solidariedade e paz
Lula tem sido um crítico frequente das ações militares na Faixa de Gaza, descrevendo-as como um genocídio contra a população Palestina. Em discursos anteriores, o presidente destacou a necessidade de que a comunidade internacional adote uma postura mais ativa para mediar o conflito. Ele defendeu um cessar-fogo imediato e pediu que a ONU e outros organismos multilaterais assumam um papel mais relevante nas negociações.
Esta não é a primeira vez que Lula critica Donald Trump. Durante seu mandato anterior, Trump adotou uma postura controversa em relação ao Oriente Médio, incluindo o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel, o que gerou tensões globais. Lula, por outro lado, tem defendido consistentemente a solução de dois estados para o conflito, com Israel e Palestina coexistindo de forma pacífica e independente.