Lula pede a Putin pelo fim da guerra e retorno ao diálogo global

O Presidente Lula revelou à revista The New Yorker que ligou para Putin pedindo o fim da guerra e o retorno do russo ao cenário político global
Lula pede a Putin pelo fim da guerra e retorno ao diálogo global
Lula pede a Putin pelo fim da guerra e retorno ao diálogo global. Reprodução/Instagram/@lulaoficial

Em entrevista concedida à revista norte-americana The New Yorker, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ter feito um apelo direto a Vladimir Putin, solicitando o encerramento do conflito na Ucrânia e a reintegração do líder russo ao contexto político internacional.

“Eu telefonei para Putin e disse: ‘Putin, acho que é hora de você voltar à política. Ponha um fim nisso. O mundo precisa de política, não de guerra. Você faz falta. Não há pessoas suficientes para sentar à mesa e discutir o destino do planeta: O que queremos para a humanidade?’”, compartilhou com o jornalista Jon Lee Anderson.

Críticas à estratégia ocidental

Durante a mesma entrevista, Lula manifestou abertamente sua oposição à forma como os Estados Unidos e a Europa têm lidado com Putin, alegando que a estratégia de enfrentamento adotada por essas nações pode gerar efeitos negativos.“Quando você encurrala o inimigo, você precisa ter a força para derrotar esse inimigo, e não é fácil derrotar a Rússia”, afirmou o presidente.

Lula pede a Putin pelo fim da guerra e retorno ao diálogo global
Lula critica abordagem dos EUA e Europa com Putin (Foto: Reprodução/Instagram/@lulaoficial)

O presidente do Brasil revelou ter discutido o tema com o ex-presidente americano Joe Biden, expressando sua discordância com a postura de “destruir Putin” e forçar a Rússia a reconstruir a Ucrânia.  

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O presidente do Brasil também expressou preocupação com o impacto da guerra na Europa, sugerindo que o continente arcará com os custos da reconstrução da Ucrânia e do financiamento da OTAN, caso um acordo de paz seja alcançado.

Cessar-Fogo e acusações de violação

A visita de Lula a Moscou ocorre durante o cessar-fogo de três dias decretado por Putin, por meio de um pronunciamento do Kremlin em abril. A “pausa” teve como justificativa “motivos humanitários”, em celebração ao aniversário da vitória russa na Segunda Guerra Mundial. No entanto, a Ucrânia acusou o Kremlin de descumprir o cessar-fogo, denunciando ofensivas contra civis em várias cidades do país.

Lula reiterou seu compromisso com o diálogo e a busca por soluções pacíficas, afirmando que não teria problemas em telefonar para Donald Trump, caso necessário.

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