Matuê brilha no Rock in Rio 2024: um tributo ao álbum “333”

A ascensão de Matuê no Palco Mundo
Matuê
Matuê Reprodução/Pinterest/@m6ttias

Na tarde de sexta-feira, 13 de setembro de 2024, o célebre trapper cearense Matuê alcançou um dos ápices de sua carreira ao inaugurar o Palco Mundo na edição comemorativa de 40 anos do Rock in Rio. Embora tenha iniciado sua apresentação ainda cedo, por volta das 16h40, uma verdadeira multidão se aglomerou em torno do palco para testemunhar o enérgico espetáculo do artista, que deixou o público em êxtase com uma sequência de sucessos marcantes.

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“333”. (Foto: reprodução/Pinterest/@30brennerr)

A apresentação de Matuê foi amplamente celebrada, e o artista cearense demonstrou que sua “máquina” de sucessos continua a pleno vapor, fazendo o público cantar a plenos pulmões clássicos como “Máquina do Tempo” e “Quer Voar“. Além disso, o trapper aproveitou a ocasião para promover seu recém-lançado álbum “333“, cuja recepção estrondosa nas plataformas de reprodução consolidou seu sucesso e estabilidade nos principais indicadores musicais.

A apresentação de “333” e convidados especiais

Lançado dias antes da apresentação, o álbum “333” já ocupava as paradas de maior destaque do Spotify Brasil. Entre as canções executadas ao vivo, o público vibrou com a energia de “Crack com Mussilon“, que atualmente lidera as paradas nacionais. Outros destaques do novo álbum, como “Castlevania“, “Maria e Isso é Sério“, também figuraram no repertório. A última contou com a participação especial de Brandão85, um jovem talento da cena rap, proporcionando um dos momentos mais marcantes do evento.

Para abrilhantar ainda mais a apresentação, Matuê convidou seus parceiros de longa data, WIU e Teto, que subiram ao palco para interpretar “Vampiro“, um dos sucessos mais emblemáticos do artista. Essa colaboração representou um dos pontos altos da apresentação, reiterando a sinergia artística entre os três rappers, que já possuem uma trajetória conjunta dentro do trap brasileiro.

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A surpreendente ação de lançamento de “333”

O lançamento do álbum “333” foi envolto em mistério e criatividade, alinhado à estética peculiar de Matuê. Na segunda-feira, 9 de setembro de 2024, o artista surpreendeu o público de São Paulo com uma ação inusitada no Vale do Anhangabaú, onde permaneceu em silêncio sobre uma plataforma de 15 metros de altura por mais de três horas. Às 15h33, um temporizador revelou o tão aguardado lançamento do álbum, para a surpresa dos presentes e dos espectadores que acompanharam a transmissão ao vivo pela internet, que contou com mais de 155 mil pessoas conectadas.

A apresentação, além de simbólica, refletiu a introspecção e vulnerabilidade de Matuê, expondo o rapper ao público de maneira única e autêntica. Ele ressaltou o peso da responsabilidade de estar constantemente no “topo”, algo que o acompanha em sua carreira e que se reflete em suas criações. A ação foi uma representação física de sua jornada pessoal e profissional, marcada pelo desejo de sempre se superar e entregar algo inovador aos seus admiradores.

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A jornada de “333”: uma odisseia pessoal

O álbum “333“, definido pelo próprio Matuê como uma “odisséia no rap”, foi gravado de forma analógica, e cada uma das 12 faixas narra uma etapa de amadurecimento do artista, que, ao mesmo tempo, assume o papel de narrador e protagonista. Segundo Matuê, o álbum representa uma busca pela dominação dos planos físico, mental e espiritual, e a produção reflete seu desejo de se afastar das pressões do mercado, criando algo que ele realmente almejava, no tempo que julgava necessário.

Com batidas psicodélicas e ritmos inusitados, o álbum revela os momentos em que o personagem central da narrativa expande sua mente e espírito, ou quando percebe que o topo, muitas vezes idealizado, também tem suas sombras. Matuê ressaltou o orgulho pelo projeto, acreditando que sua jornada de iluminação, que vai de 0 a 333, possa inspirar positivamente aqueles que o escutarem.

Essa trajetória artística e pessoal revela um Matuê mais maduro e introspectivo, quatro anos após o lançamento de seu primeiro álbum “Máquina do Tempo“, marcando sua evolução não apenas como músico, mas também como ser humano, em um trabalho que promete deixar uma marca significativa na história do trap brasileiro.

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