Após o grande sucesso do filme ‘’Barbie’’, de Greta Gerwig, a Netflix lançou o documentário ‘’A Primeira Barbie Negra” (Black Barbie: A Documentary). O filme é dirigido por Lagueria Davis e produzido pela renomada Shonda Rhimes. Shonda já é conhecida no universo cinematográfico por assinar produções como ‘’Grey’s Anatomy’’, ‘’Scandal’’, ‘’Private Practice’’, ‘’Rainha Charlotte’’, dentre outras produções repletas de protagonismo negro e diversidade. O documentário explora a criação da primeira Barbie negra em 1980, e conta sobre a importância cultural da boneca na vida de crianças afro-americanas.
Entenda a sinopse
Lançado em junho do ano passado nos EUA, o longa retoma a história de criação da primeira Barbie negra, produzida pela Mattel em 1980. Com isso, explora o impacto da boneca e a representatividade afro-americana na vida e autoestima de crianças negras no país. A narrativa é introspectiva e conduzida pela diretora Davis, que compartilha a história de sua tia Beulah Mae Mitchel, uma das primeiras funcionárias negras da Mattel.
O filme navega pela evolução das bonecas negras na marca, desde as primeiras amigas negras da Barbie até chegar na criação da primeira boneca preta, realização de Kitty Black Perkins.
Qual a reflexão trazida pelo documentário?
“A Primeira Barbie Negra’’ mistura uma experiência pessoal da diretora com um olhar crítico sobre a representatividade das bonecas Barbie, que por muitos anos foram um ícone de beleza. O filme também traz entrevistas importantíssimas, que enriquecem a discussão. Misty Copeland, Ibtihaj Muhammad, Maxine Waters e Gabourey Sidibe discutem a importância de ter uma boneca que também representa sua imagem.
Em três atos, o documentário mostra a vida antes das bonecas pretas, sua introdução e as mudanças sociais que elas acarretaram. Dessa forma, podemos realizar uma análise mais detalhada de sua evolução e impacto. Davis usa cenas de teste das bonecas Kenneth e Mamie Clark para ilustrar o impacto psicológico das bonecas brancas nas crianças pretas, destacando a importância da representatividade.
Além disso, o longa traz homenagens às funcionárias negras que passaram pela Mattel, frisando sua importância na história da marca. Por fim, o documentário é visto como essencial para entender a importância da representatividade em bonecas e o impacto que isso causa na autoestima de crianças pretas. Além de demonstrar que essa busca por diversidade na indústria de entretenimento e brinquedos é essencial para a luta pela igualdade.
Por: Luara Miranda