Moda vem do latim modus, que significa “modo”, “maneira” e “comportamento”. Através dessa frase posso compreender que a moda não se restringe através de vestuários, tendências ou acessórios. A moda tem o poder de reinventar-se a curto prazo, mas podemos aprender muito através da história influência por trás dela.
O vestuário não pode ser limitado através de uma função decorativa, pode estar relacionado com contexto sociocultural. Desde o início da existência humana o vestuário já era uma necessidade de sobrevivência, mas desde quando começou a ser uma vaidade? A resposta para essa pergunta pode ter começado na Era do Absolutismo que foi marcada pela figura icônica do monarca absoluto: Luís XIV da França e Navarra. Além de ser o idealizador de Versalhes, era o maior nome de concentração do poder do Estado Moderno da Europa, mas o seu nome entrou para a história como Rei Sol. Carrega esse nome pelo seu emblema, o símbolo da realeza de Luís era o principal astro terrestre, o sol. E é claro que essa referência, vem daquilo que dá a vida e é absolutamente tudo na terra, uma fonte de luz e algo básico para a existência.
A Moda como Expressão de Vaidade e Distinção Social
Foi a partir de Luís XIV que Paris começou a aparecer na Europa com novos comportamentos, boas maneiras, novos padrões sociais e moda. O rei era extremamente preocupado com a sua aparência. Foi a débito a saltos altos, grandes perucas, sempre ostentava sua cabeleira artificial, que acabou virando moda durante anos, sempre vestido de maneira luxuosa, tecidos nobres e acabamentos em detalhes. Além de Luís ter revolucionado os costumes da época, nos apresentou hábitos que até hoje usamos no nosso cotidiano, como: saltos altos, gastronomia, perfume, criadores de moda e salão de beleza.
As nossas tendências de moda foram implantadas por uma pessoa muito vaidosa que queria se diferenciar dos seus súditos e sempre ser visto como o absoluto sol, e também pode ser reconhecido como ‘influencer’, uma estrela que dita a moda. Não é por acaso que a moda como a conhecemos hoje é um reflexo de um comportamento, para além de uma roupa, e sim uma arte vaidosa.