Em um encontro que contou com a presença do procurador-geral do Município, Guilherme Cortez, as empresas do setor de transporte coletivo levou a Prefeitura reivindicações da categoria e cálculos realizados pela Secretaria de Mobilidade Urbana.
Na quarta-feira, 19/06, o secretário da pasta, Orion Ponsi, nova proposta será analisada pela Prefeitura.
De acordo com Ponsi, “O governo já se posicionou junto aos operadores. Faremos toda a cobertura financeira do déficit tarifário ocorrido até esse momento e com previsão até o final de 2024, tal qual os cálculos que apresentamos para a Secretaria de Finanças. Neste momento, entramos na segunda etapa, que foi receber e acolher algumas proposições e sugestões. Iremos avaliar e na quarta, teremos uma reunião de governo para compor isso internamente, além de apresentar uma solução final para os operadores, com as previsões de prazos de execução. Isso porque a situação demanda também outras medidas, e passam inclusive pela Câmara de Vereadores. Queremos entregar para a população uma solução e não esse clima de instabilidade que há em torno do transporte coletivo”.
O diretor da Associação dos Transportes Urbanos (ATU) de Santa Maria, Edmilson Gabardo, participou da reunião desta segunda-feira, e relatou que entre as reivindicações está o pagamento do subsídio por parte da Prefeitura. Os passageiros pagam R$ 5 e por meio de um subsídio, que é de R$ 1,15, o valor é de R$ 6,15, para chegar ao valor aprovado no ano passado.
Motoristas e Cobradores estão aguardando por uma solução vinda do Executivo Municipal
O Executivo não estaria repassando o subsídio desde dezembro de 2023 e, com isto, o valor da dívida já passa dos R$ 7 milhões, conforme Edmilson Gabardo, que ressalta que as negociações com a Prefeitura são de suma importância.
Em uma entrevista concedida ao Diário, Gabardo diz: A reivindicação é de que recebamos pelo trabalho que estamos fazendo. Hoje, precisamos de um valor para prestar o serviço: R$ 7,5 milhões por mês. Estamos arrecadando R$ 5,5 milhões e faltam R$ 2 milhões todos os meses para fechar a conta dos nossos gastos e despesas. Então, precisamos desse valor para pagar os funcionários com a correção, os fornecedores e acima de tudo, continuar trabalhando.
Motoristas e cobradores também estão por um aguardo na solução. Rogério Costa, presidente do Sitracover SM (Sindicato dos Trabalhadores e Condutores de Veículos Rodoviários de Santa Maria e Região, a categoria busca uma reposição salarial, pois a intenção reduções estão constantes, além de uma redução de 1,1 mil para 500 trabalhadores no setor.
Enquanto isso, o trabalhador está sofrendo, comenta Costa
O Sindicato está reivindicando a inflação do período, que está por volta de 3,82% e 6% de aumento salarial.
As perdas salariais são enormes e estão em 36% desde o período da pandemia. Por isso, pedimos mais 6% de ganho real. A possibilidade de greve não é descartada, porque não tem mais o que ser feito. Os empresários dizem que não tem de onde tirar e nós ficamos neste ‘tiroteio’ entre prefeitura e empresários em relação à questão tarifária. Enquanto isso, o trabalhador está sofrendo. Estamos com a categoria reduzida também – comenta Costa.
Nesta terça-feira, 18/06, os trabalhadores fizeram 3 horas de paralisação e um bloqueio na garagem da Expresso Medianeira, das 5h as 8h da manhã.
Por: Vania Santos