A rede social X (antigo Twitter) voltou ao centro de uma polêmica no Brasil após Elon Musk compartilhar uma convocação para manifestações previstas para o dia 16 de março. A atitude do bilionário gerou reação imediata de autoridades e intensificou a pressão e o debate sobre a regulação das redes sociais no país.
O advogado Luiz Carlos da Rocha, que atuou na defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante sua prisão em Curitiba, solicitou o banimento da plataforma no Brasil. Ele argumenta que Musk estaria interferindo na política nacional e influenciando diretamente o cenário político.
A presidenta do Partido dos Trabalhadores (PT), deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), também se manifestou sobre o caso. Em publicação nas redes sociais, Hoffmann acusou Musk de “comandar o protesto bolsonarista” e afirmou que o bilionário está promovendo a desestabilização do país.
Debate e pressão sobre regulação das redes sociais
O episódio reacende o debate sobre a regulação das redes sociais no Brasil. O governo federal e o Congresso vêm discutindo medidas para aumentar o controle sobre a disseminação de informações nas plataformas digitais, especialmente diante da preocupação com conteúdos falsos e discursos extremistas.
Nos últimos meses, a proposta de um “Marco Regulatório das Redes Sociais” tem sido tema de discussões no Legislativo. A ideia é criar regras mais rígidas para a atuação das “big techs” no Brasil, estabelecendo limites para publicações consideradas antidemocráticas ou que incentivem atos contra as instituições.
O posicionamento de Elon Musk e o histórico de polêmicas
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Elon Musk tem se mostrado um crítico de medidas que impõem restrições ao X e outras plataformas. Desde que adquiriu a rede social, ele defende uma abordagem de liberdade de expressão sem interferências governamentais, o que já gerou atritos com governos de diversos países.
No Brasil, Musk já se envolveu em polêmicas ao questionar decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre controle de conteúdos nas redes sociais. Em postagens recentes, ele criticou medidas que classificou como censura e afirmou que sua plataforma não compactua com restrições impostas por governos.
A pressão por medidas contra a plataforma segue crescendo, mas ainda não há uma decisão oficial sobre restrições ou eventuais sanções ao X no Brasil.