Proibição do uso de telefones móveis nas escolas do Estado de São Paulo. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, sancionou o projeto de lei que proíbe o uso de dispositivos eletrônicos, como celulares e tablets, em escolas públicas e privadas de todo o estado. A nova regra, que entrará em vigor em 30 dias, foi aprovada por unanimidade pela Assembleia Legislativa de São Paulo no último mês de novembro.
A proposta, de autoria da deputada estadual Marina Helou, contou com a coautoria de outros 42 parlamentares. O objetivo principal é combater os impactos negativos do uso excessivo de dispositivos móveis no ambiente escolar, incluindo a queda no desempenho acadêmico, a redução da capacidade de concentração e o comprometimento da interação social entre os estudantes.
Novas regras para os dispositivos
De acordo com a lei, será proibido o uso de qualquer equipamento com acesso à internet, como telefones móveis, tabletes e relógios inteligentes, durante o período escolar. A restrição inclui o intervalo entre as aulas, um momento frequentemente utilizado pelos alunos para acessar esses dispositivos.
A norma determina que os dispositivos levados para a escola deverão ser armazenados de maneira segura e inacessível ao longo das aulas, garantindo que os estudantes permaneçam focados em suas atividades acadêmicas.
No entanto, a lei abre exceções para:
- Necessidades pedagógicas, quando o uso de tecnologia for parte do planejamento educacional.
- Alunos com deficiência, que dependam de recursos tecnológicos específicos para sua aprendizagem.
Impacto e debates
A proibição reacende debates sobre o papel da tecnologia na educação. Enquanto alguns especialistas defendem que o uso controlado de dispositivos pode enriquecer o aprendizado, a deputada Marina Helou e outros defensores do projeto destacam os malefícios do uso indiscriminado.
“O acesso constante aos dispositivos em sala de aula prejudica não apenas a atenção e o desempenho escolar, mas também enfraquece as conexões interpessoais, que são essenciais para o desenvolvimento dos jovens”, afirmou Marina.
Pesquisas recentes apontam que o uso prolongado de dispositivos eletrônicos durante o período escolar pode reduzir a capacidade de concentração dos alunos, além de criar distrações que dificultam o engajamento com as atividades educacionais.
Como será a implementação
Com a sanção, escolas públicas e privadas terão 30 dias para se adaptar às novas regras. A expectativa é de que cada instituição desenvolva estratégias para garantir o cumprimento da norma, como a instalação de armários ou outras formas de armazenamento seguro dos dispositivos.
Além disso, os professores e gestores terão o desafio de orientar os alunos sobre a importância da nova medida e buscar alternativas para manter a inclusão digital em situações pedagógicas específicas.
Um passo em direção ao foco e à interação
A decisão coloca São Paulo na linha de frente de uma iniciativa que busca priorizar o foco nos estudos e o fortalecimento das relações sociais no ambiente escolar. Com a restrição ao uso de dispositivos eletrônicos, o estado dá um passo importante para equilibrar o avanço tecnológico com os desafios do desenvolvimento acadêmico e social dos jovens.