O estado do Rio Grande do Norte impressiona pelas suas belezas naturais e pontos turísticos que atraem um grande número de visitantes. Opções não faltam para aqueles que buscam no estado um momento de descanso e diversão, com praias e até sítios arqueológicos.
Entretanto, há uma ameaça que ronda a região e preocupa pesquisadores: a morte dos corais. Segundo o G1, o pesquisador Guilherme Longo, especialista em pesquisas oceanográficas, a porcentagem de morte dos corais de fogo, presentes na costa norte do estado, é de quase 70%.
Essa situação gera grande impacto e ameaça, visto que os recifes de corais são considerados as “florestas do oceano”, por abrigarem uma diversidade de seres vivos. A morte desses recifes gera o desaparecimento quase total das espécies que os habitam. Não apenas afetando as espécies habitantes dos recifes, como esse fenômeno gera efeitos também no turismo e pesca da região.
Os impactos nos pontos turísticos
Em locais de águas rasas, são onde ocorrem os maiores níveis de branqueamento deles. No Rio Grande do Norte, foram atingidos pontos como: Rio do Fogo, Touros e Maracajaú. Nesses locais ocorre a formação de parrachos, que são barreiras de coral, que permitem a formação de piscinas naturais.
Nestes locais, o coral mais abundante é o coral estrela, sendo ele o principal formador dessas barreiras. Aqui foram registrados cerca de 95% de branqueamento, porém a taxa de mortalidade não chega a 5%, segundo informações do G1.
Explicando o branqueamento

O branqueamento ocorre por conta do aquecimento das águas marítimas. Quando as águas aquecem, as algas que “moram” com os corais, produzem uma substância tóxica. Buscando se proteger, esses animais marinhos as expulsam. Porém, são as algas que fornecem nutrientes para os eles, e também são elas responsáveis pelo seu pigmento, serem coloridos.
Segundo Guilherme Longo, esse é um período frágil para os corais, visto que eles ficam com menos nutrientes e mais suscetíveis a doenças.