São Paulo enfrenta novas quedas de energia após chuva: cenário de descontentamento e indenizações em andamento 11/10

Após uma chuva moderada em São Paulo no sábado (19), quatro bairros sofreram quedas de energia, afetando 51,7 mil casas
São Paulo enfrenta novas quedas de energia após chuva: cenário de descontentamento e indenizações em andamento
São Paulo enfrenta novas quedas de energia após chuva: cenário de descontentamento e indenizações em andamento. Reprodução/Pinterest/Litoralanuncios

A cidade de São Paulo enfrenta um novo desafio em relação à distribuição de energia elétrica após uma chuva moderada na manhã deste sábado (19). De acordo com informações oficiais, ao menos quatro bairros da capital registraram quedas de energia, resultando em 51,7 mil casas ainda sem eletricidade em todo o estado. Até as 19h, a capital paulista contabilizava 25,9 mil chamados em atendimento. A Enel, empresa responsável pela distribuição, não esclareceu se parte desses imóveis ainda estava sem energia desde o apagão ocorrido em 11 de outubro.

Ocorrências e mobilização da Enel

Em nota, a Enel informou que recebeu cerca de 700 ocorrências até às 12h do sábado. Os bairros mais afetados incluem Pinheiros, Vila Andrade, Jabaquara e Santo Amaro. A empresa ressaltou que está mobilizada para atender os chamados, com cerca de 2.400 profissionais prontos para a ação. A partir de 13h55, a companhia começou a atualizar em tempo real o número de imóveis afetados, que subiu para 111.519, representando 1,35% das mais de 8 milhões de unidades consumidoras atendidas pela empresa.

Consequências do apagão anterior

O apagão da última sexta-feira (11) causou grande transtorno aos moradores, que ficaram aproximadamente seis dias sem energia. Somente na quinta-feira (17), a Enel anunciou que havia normalizado a distribuição de eletricidade em quase todas as residências da Grande São Paulo. Ao todo, aproximadamente 3,1 milhões de endereços foram afetados. A normalização aconteceu pouco antes do vencimento de prazos estabelecidos pelo Ministério das Minas e Energia e pela Justiça para a regularização do fornecimento.

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Na segunda-feira (14), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o ministério determinaram um prazo de três dias para a concessionária resolver os problemas mais críticos. A Defensoria do Estado também obteve uma liminar da Justiça de São Paulo, exigindo que a Enel restabelecesse a energia em 24 horas, sob pena de multa de R$ 100 mil por hora. O prazo para essa multa começou a contar a partir da intimação da empresa, prevista para ser publicada no Diário Oficial da Justiça neste sábado (18).

Apoio do governo e indenizações

Em meio a esse cenário caótico, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que o governo federal estabelecerá uma linha de crédito voltada para comerciantes e empresários prejudicados pelo apagão em São Paulo. O crédito será operacionalizado dentro do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). Os danos às residências, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deverão ser ressarcidos pela própria Enel.

O presidente da Enel, Guilherme Lencastre, também se pronunciou sobre o assunto, em uma entrevista à GloboNews, afirmando que as indenizações para os moradores afetados estão sendo analisadas “caso a caso”. “Estamos acelerando o processo de indenização com relação aos danos elétricos e a análise se dará após a verificação de outras situações”, declarou.

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A situação atual em São Paulo evidencia a fragilidade do sistema de distribuição de energia, que, diante de eventos climáticos adversos, gera descontentamento entre a população. Com a continuidade dos apagões e a falta de clareza sobre os danos e ressarcimentos, a confiança na Enel e na sua capacidade de atender adequadamente os consumidores é questionada. A atualização constante e as medidas do governo federal são passos importantes para tentar minimizar os impactos sobre os cidadãos paulistanos, mas a eficiência da resposta da concessionária continua sob os holofotes.

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