Neste sábado (28), a SpaceX e a NASA realizaram um lançamento significativo a partir de Cabo Canaveral, na Flórida (EUA), com a missão de resgatar dois astronautas que se encontram “presos” na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês). A cápsula Crew Dragon decolou em direção à órbita, levando dois assentos vagos para buscar os pilotos de teste Suni Williams e Butch Wilmore. Eles foram enviados a ISS em 5 de junho a bordo da cápsula Starliner, da Boeing, mas problemas técnicos prolongaram sua estadia no espaço.
A missão original previa que Williams e Wilmore ficassem apenas oito dias na ISS. Contudo, problemas com os propulsores e vazamentos de hélio na Starliner levaram ao adiamento do retorno. Por razões de segurança, a nave da Boeing retornou à Terra vazia no início de setembro, sem os astronautas.
SpaceX e a NASA realizaram um lançamento com a missão de resgatar dois astronautas “presos” na ISS. (Foto: reprodução/Instagram/@portalg1)
Agora, com o resgate em andamento, a Crew Dragon permanecerá acoplada a ISS até o final de fevereiro de 2025, quando está programado o retorno da dupla à Terra. Segundo a NASA, não há possibilidade de um retorno antecipado sem comprometer outras missões programadas.
A tripulação do resgate e seus efeitos
Ao retornar, Williams e Wilmore terão passado mais de oito meses no espaço. O lançamento deste sábado contou com uma tripulação reduzida, composta pelo astronauta Nick Hague, da NASA, e pelo cosmonauta Aleksandre Gorbunov, da agência russa Roscosmos. A presença de Hague e Gorbunov permite que outros quatro astronautas, que estão na ISS desde março, regressem à Terra em uma cápsula da SpaceX.
Conheça a equipe que faz parte da missão. (Foto: reprodução/Instagram/@spacex)
A NASA originalmente planejava enviar quatro astronautas nesta missão, mas devido à necessidade do resgate, duas astronautas foram retiradas: Zena Cardman e Stephanie Wilson. A agência já informou que elas terão a oportunidade de participar de futuros projetos.
Histórico e desafios da Starliner
A Starliner voltou à Terra sem tripulantes no dia 7 de setembro, com pouso no deserto do Novo México. A principal preocupação da NASA era a capacidade da Starliner de alcançar o impulso necessário para reentrar na atmosfera terrestre. Apesar das alegações da Boeing sobre a segurança da nave, a NASA identificou riscos significativos no sistema de propulsão.
A escolha da NASA pela SpaceX para a missão de resgate é um marco importante, especialmente considerando que a Boeing esperava que a missão de teste da Starliner fosse uma redenção, após anos de problemas e mais de US$ 1,6 bilhão acima do orçamento estimado desde 2016.
A Boeing ainda enfrenta desafios com a qualidade de fabricação em seus aviões comerciais, que representam sua linha de produtos mais valiosa.