System of a Down: rumores de turnê na América Ibérica

Valorização do System of a Down com menos turnês, afirma Serj Tankian
System of a Down
System of a Down Reprodução/Pinterest/@shaunaswhimsy

O renomado portal Zero Live, famoso por antecipar com precisão várias apresentações, divulgou um rumor de grande impacto para os admiradores de rock. Segundo as informações, a icônica banda System of a Down pode realizar uma série de apresentações na América Latina em 2025. Este retorno seria um marco, visto que a banda completa duas décadas sem lançar um álbum completo com canções inéditas.

O System of a Down, composto por Serj Tankian (vocais), Daron Malakian (guitarra), Shavo Odadjian (baixo) e John Dolmayan (bateria), possui um catálogo de apenas cinco discos de estúdio. Contudo, a banda continuou a se apresentar ao longo dos anos, mesmo com um hiato entre 2006 e 2010. Ainda assim, o quarteto tem optado por realizar turnês de forma esporádica, e não com a frequência comum a muitas outras bandas. Tal abordagem, que poderia ser considerada prejudicial do ponto de vista tradicional, trouxe vantagens inesperadas, como destacou Serj Tankian em uma recente entrevista.

A reflexão de Serj Tankian sobre a importância de menos aparições

Em uma entrevista ao programa Loudwire Nights, Tankian explorou as implicações de manter uma agenda de turnês limitada, destacando as vantagens de não estar sempre nos holofotes. Durante a conversa, ele afirmou: “Há bandas que passam o ano inteiro em turnê e lançam um disco a cada um ou dois anos, mas muitas delas não têm o mesmo impacto na música que o System of a Down. Você não precisa fazer um milhão de coisas para marcar presença na vida das pessoas ou na história da música. Basta fazer algo de maneira correta.”

Além de analisar a questão do impacto cultural, Tankian mencionou o aumento no valor da banda ao longo do tempo, atribuível à redução de sua presença em turnês. De acordo com o vocalista, as aparições esporádicas transformaram as apresentações da banda em eventos únicos e especiais, algo que não ocorreria se eles estivessem constantemente em turnê.

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O equilíbrio entre a arte e a realidade da estrada

Tankian explicou que, embora a banda tenha discutido a possibilidade de retomar uma rotina mais intensa de turnês, essa perspectiva não é do agrado de todos, especialmente dele. “Discutimos sobre fazer mais apresentações, mas deixei claro que não sou um grande admirador de turnês consistentes. Por várias razões, e não vou entrar em detalhes, pois já falei disso inúmeras vezes. Para mim, fazer uma apresentação aqui e outra ali torna tudo mais divertido, é isso que faltava nas turnês para mim. Isso transforma cada apresentação em algo especial.”

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System of a Down. (Foto: reprodução/Pinterest/kimk5)

O vocalista também destacou que essa decisão tem suas vantagens financeiras: “O valor da banda cresceu exponencialmente com a redução das turnês. Existem bandas que fazem 200 apresentações por ano e, ainda assim, não são as principais atrações. Talvez devessem parar um pouco e reavaliar suas escolhas. Nós não jogamos o jogo da oferta e demanda, simplesmente fazemos o que queremos, de acordo com o que consideramos melhor para nossas vidas como indivíduos.”

Apesar de seu posicionamento, Tankian admite que nem todos os integrantes do grupo estão satisfeitos com essa dinâmica de shows reduzidos e com a falta de novas gravações. No entanto, ele acredita que transformar as aparições da banda em grandes eventos é uma escolha acertada para o momento atual.

Razões para evitar uma rotina intensa de turnês

Em maio de 2023, Tankian compartilhou mais detalhes sobre os motivos que o levaram a pedir a redução nas atividades da banda durante uma participação no podcast Soul Boom With Rainn Wilson. O vocalista relembrou que, antes do lançamento dos álbuns Mezmerize e Hypnotize, expressou aos demais integrantes que gostaria de parar, pois não conseguia continuar naquele ritmo. “Queria fazer minhas próprias coisas e também ter um tempo de folga para viver a vida. Na época, essa ideia não foi bem recebida. Anos depois, voltamos a fazer apresentações e tudo ficou mais leve, divertido. Éramos amigos, irmãos. Nos conhecemos há tanto tempo, ainda nos respeitamos e nos amamos. E temos feito isso desde então, de maneira esporádica.”

Tankian também destacou as dificuldades físicas envolvidas em manter uma rotina constante de shows. Ele revelou que passou por uma cirurgia nas costas e que, embora esteja melhor agora, o desgaste físico de longas turnês ainda é um fator a ser considerado. Além disso, ele compartilhou uma reflexão de David Bowie, que dizia que as duas primeiras semanas de uma turnê são criativas, mas depois disso tudo se torna repetitivo e redundante. “Ele estava certo”, concluiu Tankian.

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O equilíbrio entre família e carreira

A vida pessoal também desempenha um papel importante na decisão de Tankian de reduzir o número de apresentações. O vocalista mencionou que, em algumas ocasiões, levou a família junto durante turnês curtas, mas hoje ele prefere priorizar sua vida pessoal e criativa. “Algumas pessoas gostam de fazer turnê até o fim de suas vidas, mas eu não me vejo dessa maneira. Para mim, fazer diferentes atividades de forma comedida me permite ser mais criativo do que repetir algo por um longo período.”

O retorno do System of a Down com músicas inéditas

Apesar de não lançar um álbum completo há quase duas décadas, o System of a Down surpreendeu os admiradores em novembro de 2020 ao lançar as canções “Protect the Land” e “Genocidal Humanoidz”. As faixas, que foram motivadas pelo conflito entre Artsakh e Azerbaijão, tiveram toda sua receita revertida para esforços humanitários na Armênia, terra natal dos ancestrais dos músicos. Com o apoio dos fãs, a banda arrecadou mais de 600 mil dólares para a causa.

Com a possível vinda à América Ibérica em 2025, resta saber se os admiradores terão a oportunidade de ouvir mais dessas composições inéditas ao vivo, ou se o foco será, como tem sido até agora, nos clássicos que marcaram a trajetória da banda.

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