Globo e Band deixam os dramas das telinhas de suas novelas para participarem em uma trama real com a Liberty Media, empresa responsável pelos direitos comerciais da Fórmula 1.
Recapitulando
Após quatro décadas de transmissão da categoria pela Globo, a emissora deixou de exibir as corridas em 2020, e a Band assumiu os direitos em 2021. Um novo acordo foi firmado em 2023, com término previsto para o fim de 2024.
No entanto, divergências sobre o pagamento dos direitos desgastaram a relação entre a Band e a Liberty, levando a negociações para a rescisão do contrato nas últimas semanas, algo que a Band confirmou recentemente. Enquanto isso, diversos veículos de imprensa informaram que a Globo está em movimentação para retomar as transmissões no próximo ano.
Havia a expectativa de que a Globo anunciasse oficialmente o retorno da Fórmula 1 durante o evento UpFront, que apresenta suas atrações para o mercado publicitário. Durante o evento, um carro de F1 apareceu no palco principal, acompanhado dos logos da Globo, SporTV e GloboPlay, e um “será?” no telão.
Reviravolta
No entanto, no último sábado, especialistas em TV divulgaram que a Band decidiu cumprir o contrato até o fim, após as negociações para a rescisão com a Liberty não avançarem. Contudo, o colunista Flávio Ricco trouxe novas informações: a Band, na verdade, não deseja manter os direitos da Fórmula 1 e estaria apenas buscando uma forma de ganhar “respeito” da Liberty, que teria agido de forma “truculenta” nas negociações.
Ainda de acordo com Ricco, a Globo teria recebido autorização da própria Band, por meio de uma mensagem de WhatsApp, para usar o carro de F1 durante o UpFront, contrariando rumores de que nem a alta direção da Globo sabia do uso do carro no evento.
Apesar de continuar cumprindo o contrato, a Band manterá sua cobertura do GP do México neste fim de semana, mesmo com a tradicional cobertura das eleições, como já ocorreu em 2022. Enquanto isso, a Globo segue trabalhando nos bastidores, planejando quais GPs serão transmitidos em TV aberta a partir de 2025.
Telespectadores divididos
A incerteza sobre o futuro da Fórmula 1 no Brasil deixa os fãs divididos e sem saber o que esperar. Alguns defendem que a categoria permaneça na Band, uma questão de respeito à audiência, já acostumada com a transmissão completa das 24 corridas da temporada. Outros acreditam que o retorno à Globo traria maior visibilidade ao esporte, dado o maior alcance da emissora. Mas afinal, por que tanta confusão?
O impasse gira em torno do fato de que, embora a Globo seja obrigada a transmitir apenas 15 corridas em TV aberta, todas as provas estarão disponíveis no SporTV, seu canal pago, com uma cobertura mais ampla. Isso inclui treinos livres, classificações e corridas sprint, algo que promete compensar o número reduzido de transmissões abertas. A Liberty Media, exigiu um compromisso maior da Globo, que no passado foi criticada por tratar a programação com certo desdém. As negociações avançaram tanto que as equipes de transmissão e os repórteres para a nova temporada já estão praticamente definidos, aumentando as expectativas para 2025.
Em meio a essa disputa, a indefinição continua a gerar expectativas entre os telespectadores. Enquanto uns valorizam a cobertura completa e dedicada da Band, outros enxergam na Globo uma chance de expandir o alcance da Fórmula 1. O desfecho dessa disputa influenciará diretamente a experiência do público, que aguarda ansiosamente uma definição, enquanto o espetáculo da Fórmula 1 segue a todo vapor, tanto dentro quanto fora das pistas.
Internaltas brincam, com reverencia que o dificil mesmo será dar adeus a uma das maiores porta-vozes da F1, Mari Becker, uma jornalista e apresentadora brasileira conhecida por sua atuação no mundo esportivo, com destaque na cobertura da Fórmula 1. Ela trabalha na Band, onde ganhou notoriedade por ser a primeira mulher a integrar a equipe de cobertura da categoria automobilística na emissora. Becker possui uma vasta experiência em jornalismo esportivo, cobrindo diversos eventos importantes.
Sua presença na Fórmula 1 representa um marco significativo em um campo historicamente dominado por homens. Além de seu trabalho na Band, Mari Becker tem um estilo de reportagem que combina carisma com conhecimento técnico sobre o esporte e por isso, acabou entrando no coração dos telespectadores.