Trump anuncia tarifas recíprocas e acende alerta para guerra comercial

A medida de Trump pode afetar exportações brasileiras e impactar a inflação global
Trump anuncia tarifas recíprocas e acende alerta para guerra comercial
Trump anuncia tarifas recíprocas e acende alerta para guerra comercial. Reprodução/Instagram/@teamtrump

O atual presidente dos Estados Unidos Donald Trump, anunciou nessa quinta-feira (13) que implementará tarifas recíprocas contra países que taxam produtos dos Estados Unidos. A medida tem como um dos principais alvos o Brasil, que impõe tarifas sobre a importação de etanol brasileiro. Economistas temem que essa decisão possa desencadear uma nova guerra comercial, aumentando preços globais e pressionando a inflação.

Os outros países podem reduzir ou eliminar suas tarifas. Queremos um sistema nivelado”, disse Trump, em coletiva de imprensa na Casa Branca.

O conceito é simples: se um país impõe taxas sobre produtos dos EUA, os norte-americanos adotarão tarifas equivalentes sobre importações desses países. No caso do Brasil, o governo cobra um imposto de importação sobre o etanol norte-americano, e, segundo fontes da Casa Branca, Trump poderia responder na mesma moeda, afetando o etanol brasileiro exportado para os Estados Unidos.

Impacto no Brasil e na economia global

A retaliação tarifária pode ter consequências significativas para o Brasil, que tem nos Estados Unidos um de seus maiores mercados para a exportação de etanol. O aumento de tarifas pode prejudicar produtores brasileiros e encarecer o etanol nos postos de combustível americanos, pressionando a inflação no país.

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Além disso, especialistas alertam que essa política pode estimular uma reação em cadeia. Países afetados pelas tarifas norte-americanas podem retaliar, impondo novos impostos sobre produtos dos EUA, o que aumentaria os preços globais e prejudicaria o comércio internacional.

EUA suspendem passaportes com gênero 'X' em nova política de Trump
EUA suspendem passaportes com gênero ‘X’ em nova política de Trump. (Foto: reprodução/Pinterest/magazineellefr)

O Fundo Monetário Internacional (FMI) já demonstrou preocupação com o protecionismo crescente e seus efeitos na inflação global. Restrições comerciais elevam o custo de importação de produtos essenciais, como alimentos e energia, pressionando preços e dificultando a recuperação econômica.

“A última coisa que a economia global precisa é de uma nova guerra comercial”, disse Kristalina Georgieva, diretora-geral do FMI. “O mundo precisa de mais cooperação, não de medidas unilaterais que ampliam instabilidades.”

Nos Estados Unidos, parte do setor empresarial também teme que a medida prejudique a competitividade americana. A Câmara de Comércio dos EUA alertou que tarifas recíprocas podem gerar retaliações de aliados estratégicos, como a União Europeia e Japão, enfraquecendo exportadores norte-americanos.

Brasil deve buscar diálogo

Para especialistas, o Brasil precisará adotar uma estratégia diplomática para evitar impactos negativos. O governo brasileiro poderá negociar com os EUA para tentar minimizar as consequências da retaliação, argumentando que o etanol brasileiro tem um papel estratégico no abastecimento norte-americano.

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A Confederação Nacional da Indústria (CNI) já sinalizou que buscará diálogo com o governo americano para evitar barreiras que prejudiquem exportações. “Precisamos de uma solução que favoreça os dois lados e evite danos econômicos”, afirmou Robson Andrade, presidente da CNI.

Enquanto o cenário eleitoral nos EUA ainda se desenrola, governos e empresas ao redor do mundo observam com atenção os movimentos de Trump. A política de tarifas recíprocas pode redefinir as relações comerciais globais e testar a resiliência da economia mundial.

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